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Economia

Arrecadação cai e prefeitura estuda cortar gastos com cargos e gratificações

Prefeito Marquinhos Trad (PSD) prometeu “fazer o possível” para evitar demissões

Jones Mário e Clayton Neves | 14/04/2020 12:08
Trad estimou diminuição de até 50% na arrecadação do município em meio à crise (Foto: Henrique Kawaminami)
Trad estimou diminuição de até 50% na arrecadação do município em meio à crise (Foto: Henrique Kawaminami)

O prefeito Marquinhos Trad (PSD) admitiu, nesta terça-feira (14), que analisa formas de reduzir os gastos do município e, assim, minimizar os efeitos da queda de arrecadação em função da crise gerada pela pandemia do novo coronavírus.

Trad disse que a prefeitura precisa se adequar e que “pode haver a redução de muitos para não faltar a ninguém”. O gestor citou “análises em todos os sentidos”, como cargos de comissão, gratificações, dedicação exclusiva e convocados, mas garantiu que não vai “buscar o caminho da demissão”.

“Vou fazer o possível para que nenhum funcionário público, comissionado ou concursado, seja demitido. Estamos fazendo todos os levantamentos, cuidadosamente”, disse, em entrevista na Esplanada Ferroviária, onde se instalou desde a deflagração da pandemia.

Marquinhos Trad falou em redução de até 50% na arrecadação aos cofres da prefeitura, reflexo da crise econômica e das medidas de socorro a contribuintes.

O município suspendeu por 15 dias, até 6 de abril, a obrigatoriedade no pagamento de ISS (Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza) e IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano). Nesta semana, encaminhou projeto à Câmara para isentar a Cosip (Contribuição para custeio do Serviço de Iluminação Pública) à população beneficiada pela tarifa social.

Contas - Titular da Sefin (Secretaria Municipal de Finanças e Planejamento), Pedro Pedrossian Neto afirmou que a prefeitura não pode ficar “inerte” ao arrefecimento da atividade econômica e queda de receitas tributárias.

O secretário ilustrou, em números, o recuo na arrecadação. A cota-parte do município em ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), repassada pelo governo estadual, caiu de R$ 10 milhões nas duas primeiras semanas de março para R$ 6,7 milhões na quinzena inicial de abril.

De IPTU, cujo vencimento foi ontem, a previsão de acumular R$ 9 milhões este mês foi frustrada em cerca de um terço, uma vez que entraram só R$ 6,3 milhões.

Pedrossian Neto confirmou discussões e reuniões para tratar do corte de despesas, que deve ser feito na casa dos 30%. O secretário prevê anúncio das medidas ainda esta semana.

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