ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
DEZEMBRO, TERÇA  24    CAMPO GRANDE 24º

Economia

Assembleia Legislativa terá audiência para debater crise na mandiocultura

Daniel Machado | 15/04/2015 22:23
O encontro contou com a presença dos deputados estaduais Marcio Fernandes, presidente da comissão; João Grandão, vice-presidente e demais representantes.(Foto: Wagner Guimarães/ALMS)
O encontro contou com a presença dos deputados estaduais Marcio Fernandes, presidente da comissão; João Grandão, vice-presidente e demais representantes.(Foto: Wagner Guimarães/ALMS)

A Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul realizará audiência pública para debater a crise no setor da mandiocultura, dia 7 de maio, às 14h, no plenário Deputado Júlio Maia.

Este foi o principal encaminhamento da primeira reunião do ano da Comissão de Agricultura, Pecuária e Políticas Rural, Agrária e Pesqueira da Casa de Leis, realizada na tarde desta quarta-feira (15).

O encontro contou com a presença dos deputados estaduais Marcio Fernandes (PTdoB), presidente da comissão, João Grandão (PT), vice-presidente, Beto Pereira (PDT), Renato Câmara (PMDB) e Ângelo Guerreiro (PSDB), membros do grupo de trabalho, além do deputado Eduardo Rocha (PMDB), prefeitos e representantes do Governo do Estado e dos produtores.

Os superintendentes do Banco do Brasil e do Sicredi serão convocados para essa audiência, bem como demais autoridades para enriquecer o debate a respeito de medidas urgentes que resolvam a crise no setor.

Atualmente, os custos de produção praticamente inviabilizam o negócio, na avaliação dos produtores. As fecularias pagam, em média, R$ 150 por tonelada da fécula de mandioca, enquanto o custo de produção está em aproximadamente R$ 210.

O produtor da região de Ivinhema, Osvaldo Cardogna, disse que a crise é considerada a mais grave já registrada no setor. "Não temos armazém para guardar a fécula, não temos estrutura, e precisamos mais do que nunca do apoio da classe política", ressaltou. Segundo ele, os produtores em melhores condições são os que agregaram valor, passando a produzir tapioca, goma e outros subprodutos.

Cardogna também é presidente da Associação dos Produtores de Mandioca de MS, que reúne 600 produtores.

O secretário de Agricultura de Ivinhema, José Corte Real, que também é produtor, defendeu a ampliação da adição da fécula de mandioca à farinha de trigo e a redução dos custos de produção.

"Hoje, nossos custos são muito altos, temos que melhorar isso e lembrar que 70% da farinha de trigo é importada da nossa vizinha Argentina, enquanto que a fécula é um produto 100% nacional", afirmou.

O secretário-adjunto da Secretaria Estadual de Fazenda (Sefaz), Jader Afonso, disse que "o maior problema é o cenário econômico". Segundo ele, o Governo do Estado está sensibilizado com a situação dos produtores e estará a postos para auxiliá-los.

Segundo os últimos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a área plantada de mandioca é superior a 30 mil hectares em Mato Grosso do Sul, o que coloca o Estado como o segundo maior produtor do país. As 20 fecularias em atuação produzem, em média, 130 mil toneladas por ano.

Com informações da Assessoria de Comunicação da Assembleia Legislativa de MS.

Nos siga no Google Notícias