Aumento nos preços de pães, laticínios e embutidos encarecem café da manhã
Conjunto de alimentos teve alta de 4,15% segundo levantamento do Nepes da Uniderp
Aumentos no preço do leite e derivados, pães e embutidos deixou o café da manhã do campo-grandense 4,15% mais caro entre maio e junho. Segundo análise feita pelo Nepes (Núcleo de Estudos e Pesquisas Econômicas e Sociais) da Uniderp, o desabastecimento e a perda de produtos causados pela greve dos caminhoneiros pode ser atribuído como uma das causas da alta.
O leite longa vida integral teve aumento de 11,45%. Essa foi a maior elevação entre os tipos pesquisados, já que o desnatado encareceu 6,90% e o tipo C, conhecido popularmente como “leite de saquinho”, subiu 7,32%.
Já a margarina comum ficou 1,38% mais cara nos dois últimos meses. Apenas três das nove marcas pesquisadas tiveram baixas: Claybom (-0,44%), Vigor (- 3,17%) e Delícia Suprema (-2,11%). Já os produtos light aumentaram 1,30%.
A manteiga teve alta de 1,66%. Os preços de todas as marcas consultadas aumentaram, com exceção da Batavo, que manteve o mesmo valor.
Entre os queijos, a mussarela teve a maior elevação, de 10,40% em todas as marcas pesquisadas. Já o requeijão cremoso subiu 4,35% com exceção da marca Danone, que ficou R$ 0,56 mais em conta no período. O queijo minas teve o menor aumento, de 2,56%.
Conforme o Nepes, as altas nos laticínios não devem parar por aí, já que o leite in natura deverá ficar mais caro devido à intensificação do período de entressafra, quando os pastos diminuem e os produtores têm de comprar insumos para manter a alimentação das vacas para evitar reduções drásticas na ordenha.
O problema é que esses produtos estão cada vez mais caros no mercado e os custos podem ser repassados ao consumidor.
Com relação aos embutidos, todas o presunto ficou 7,95% mais caro, enquanto a mortadela subiu 7,62%. As altas foram registradas em todas as marcas pesquisadas. O pão francês, um dos tipos mais consumidos nas manhãs das famílias, teve alta de 3,08%.
O único item que ficou mais em conta no período e ajudou a frear o aumento foi o café, que teve retração geral de 0,48% e de até 10,86% se consideradas as variações individualmente de cada marca consultada.
Isso aconteceu porque a produção desse tipo de grão no país está batendo recordes neste ano, reduzindo os preços.