Batata fica 19,18% mais cara, mas cesta básica tem queda de 0,62% na Capital
A cesta básica de Campo Grande teve retração de 0,62% no preço em setembro, segundo pesquisa divulgada nesta terça-feira (6) pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). O valor da batata apresentou nova alta de 19,18% e o valor da cesta de alimentos fechou em R$ 336,69.
Em relação ao mês de agosto, a queda de preço foi de apenas R$ 2,10. Com o fim do terceiro trimestre do ano, constatou-se que a variação da cesta neste período foi de 9,20%. Em comparação com setembro de 2014, a cesta custava R$ 285,02, ou seja, este ano, o valor dos alimentos que compõem a cesta estão 18,13% mais caros.
Aumento – Os alimentos que apresentaram aumento em setembro, além da batata, foram o café com reajuste de 1,49%, seguido do feijão e a farinha de trigo que tiveram aumento de 0,77%. A carne bovina teve reajuste de 0,59%, o óleo 0,5% e o pão francês, 0,33%.
Conforme o Dieese, essas altas devem-se a desvalorização do Real em relação ao dólar, que também contribuiu para o aumento no preço da farinha de trigo e do seu derivado, o pão francês. Com a valorização da moeda norte-americana, é possível que a trajetória continue sendo de alta.
O preço da carne bovina acumula em 12 meses alta de 23,45% e o valor do café, acumula alta no último ano de 5,93%.
Queda – Já em contrapartida, o preço do tomate registrou queda em setembro de 17,54% e a manteiga, que apresentou queda de 0,48%. O açúcar apresentou declive de 4,79%, seguido do preço do leite, com retração de 2,51%, arroz com queda de 0,88% e a banana, 0,65%.
As chuvas que caíram em setembro contribuiu para a redução do preço do leite e do derivado, a manteiga.
De acordo com o Dieese, oscilações marcam a trajetória do preço do arroz, que voltou a apresentar queda para o consumidor, isso porque, se depender do período de chuvas no Rio Grande do Sul que é o principal Estado produtor, o preço pode voltar a subir, pois muitas regiões sofreram com enchentes e isso inviabiliza os campos para produção.
Salário Mínimo Necessário – O trabalhador campo-grandense precisou trabalhar 94 horas em setembro para garantir a cesta básica, que é pesquisada para uma família com 4 pessoas.
O comprometimento do rendimento líquido do salário para aquisição da Cesta Básica apresentou discreta redução em 0,29%, abrangendo 46,44% do salário mínimo, contra 46,73% no mês anterior.
Ainda conforme o Dieese, a Cesta Básica Familiar teve custo de R$ 1.010,07 para os trabalhadores campo-grandenses no mês passado. O valor foi inferior R$ 6,30 em relação à cesta de agosto, cujo o preço foi de R$ 1.016,37.