Bigolin fecha lojas e funcionários e empresa divergem sobre motivos
Empregados dizem que se recusam a trabalhar por atraso de pagamento; gerência garante que é fechamento para balanço
Pelo menos duas unidades da Bigolin, rede de lojas de material de construção, foram fechadas neste sábado (30) em Campo Grande. Funcionários alegam que se recusam a trabalhar por estarem com pagamentos atrasados, enquanto a gerência afirma ser dia de balanço, mas, oficialmente, a empresa não se manifesta.
Até o fechamento deste texto, clientes encontravam as portas fechadas nas lojas das avenidas da Júlio de Castilho e Coronel Antonino. Nesta, não havia qualquer aviso na fachada indicando fechamento para balanço.
Os empregos evitam se identificar. No entanto, relatam que até agora não receberam o 13º salário, enquanto as folhas vêm sendo pagas de forma parcelada pelo menos desde novembro passado.
“Não vamos voltar a trabalhar enquanto não recebermos”, disse um trabalhador. A previsão é que o salário de janeiro será pago após o dia 12 de fevereiro, “mas sem certeza de nada”.
O gerente da loja da Coronel Antonino, que não quis se identificar, nega que a loja foi fechada neste sábado devido à recusa dos funcionários em atender. Trata-se, segundo ele, de um dia de balanço e recontagem de estoque, com previsão de reabertura normal na próxima segunda-feira (1º).
Funcionários também entraram em contato com o SECCG (Sindicato dos Empregados do Comércio de Campo Grande) avisando da paralisação por falta de pagamento. O Campo Grande News entrou em contato com diretores e com o setor de marketing da Bigolin e, até o fechamento, não houve retorno por parte da empresa em relação ao assunto.
A Bigolin tem seis lojas em Campo Grande, além de um centro de distribuição. Também há unidades em Dourados, Três Lagoas, Andradina (SP), Ilha Solteira (SP) e Bauru (SP).