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Economia

Bolívia vai investir na produção de gás para atender demanda de MS

Azambuja e outras autoridades assinaram documento de intenção de compra e venda

Osvaldo Junior | 05/05/2017 14:33
Reinaldo Azambuja (à esq.) durante reunião na manhã de hoje (Foto: Divulgação / Governo do Estado)
Reinaldo Azambuja (à esq.) durante reunião na manhã de hoje (Foto: Divulgação / Governo do Estado)

O governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), o presidente da Bolívia, Evo Morales, e outras autoridades brasileiras e bolivianas assinaram nesta sexta-feira (5) dois memorandos de entendimento para manifestar a intenção de consolidar futuros acordos de compra e venda de gás natural.

De acordo com o jornal boliviano El Mundo, o governo do país vizinho irá investir na exploração do gás para atender às demandas dos cinco estados brasileiros. "Esses entendimentos vai exigir-nos acelerar os investimentos quanto à exploração para assegurar mais recursos de gás para o bem de nossos povos", disse o presidente, durante a solenidade, ocorrida em Santa Cruz de La Sierra, na sede da YPFB (Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos), empresa que fornece o produto à Petrobras.

Mato Grosso do Sul e outros estados do Codesul (Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul) – Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul –, além de Mato Grosso querem comprar gás diretamente da Bolívia a partir de 2019, quando se encerra o contrato entre a YPFB e a Petrobras.

Por esse contrato, assinado em 1996, o Brasil compra 30,1 milhões de metros cúbicos por dia de gás natural até até 31 de dezembro de 2019. O contrato pode ser renovado, mas a Petrobras já manifestou intenção de reduzir o volume à metade e elevar a comprar do insumo produzido em território nacional.

A quantidade restante (15 milhões m³/dia) poderia ser adquirida pelos estados do Codesul, além de Mato Grosso. Isso pode significar preços menores, sobretudo para Mato Grosso do Sul, se considerada a distância do transporte do produto.

As negociações de acordos para comercialização do gás natural podem fortalecer outros projetos, como a ferrovia bioceânica, que ligará o Brasil, Bolívia, Peru, Paraguai e Uruguai, conforme observou o presidente Evo Morales ao jornal El Mundo.

O governo Reinaldo Azambuja fez avaliação semelhante. "O memorando de entendimento é muito importante para que possamos avançar essa política de integração entre nossos estados", disse.

Azambuja enfatizou que a Petrobras também será chamada para outras reuniões entre os estados do Codesul e o governo boliviano para tratar de comercialização futura do gás natural. O próximo encontro está marcado para o dia 22 deste mês em Florianópolis (SC).

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