Caixa não sabe explicar porque aprovou subsídio a imóveis da Homex
O gerente regional da Caixa Econômica Federal, Ubiratan Rebouças Chaves, não soube explicar porque o banco entrou como financiador dos imóveis do empreendimento da Homex.
Chaves participa da primeira reunião pública da CPI da Homex, instaurada pela Câmara Municipal de Campo Grande, que acontece hoje (17) na Casa.
O vereador Edson Shimabukuro (PTB), que é engenheiro, questionou se o profissional contratado pelo banco para assinar a ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) verificou a condição da obra. Para o parlamentar, a Caixa não poderia oferecer os financiamentos se o engenheiro tivesse atestado que os apartamentos foram mal construídos.
Chaves explicou que a empresa só participa de um empreendimento depois que a empresa apresenta projeto e cronograma de execução. “A obra é divida em etapas e só quando a primeira está concluída é que a Caixa libera recursos”, garante.
O vereador rebateu que o responsável pela assinatura da ATR pode ser “corresponsabilizado” por deixar passar serviços mal executados.
”O engenheiro atestou que a primeira etapa estava executada, mas esses vícios, se não forem gritantes, aparentes, a gente não teria como verificar”, admitiu o representante do banco.
Das três mil casas que a Homex se propôs a construir, a empresa vendeu 700, das quais não entregou 272.