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Economia

Caminhoneiro, despachante e advogado: veja vagas em alta com a Rota Bioceânica

MS terá pontos estratégicos para escoamento de produtos, precisando de mão de obra qualificada

Por Fernanda Palheta | 25/03/2024 06:31
Obras da construção da ponte bioceânica, que ligará Brasil e Paraguai (Foto: Toninho Ruiz)
Obras da construção da ponte bioceânica, que ligará Brasil e Paraguai (Foto: Toninho Ruiz)

A conclusão da Rota Bioceânica, corredor rodoviário que objetiva interligar os litorais do Oceano Atlântico e o Oceano Pacífico por meio da América do Sul até o final de 2025, trará oportunidades em novas áreas de trabalho para Mato Grosso do Sul. Umas das apostas para quem quer se desenvolver com o corredor é o setor de logística.

Empregos como operador de empilhadeira, postos em centro de distribuição e carreiras voltadas para o comércio exterior, como despachante aduaneiro e agente de cargas, serão cada vez mais necessários para o mercado de trabalho sul-mato-grossense.

A subsecretária de projetos estratégicos de Campo Grande, Catiana Sabadin, aponta que Campo Grande irá se transformar em um hub logístico, ou seja, um ponto estratégico para escoamento e redistribuição de produtos. Ela destaca as vantagens de Campo Grande ser a Capital mais próxima dos países em que o corredor passará e ter estrutura desenvolvida para receber novas oportunidades econômicas.

“E quando falamos em hubs logísticos temos que pensar em atividades voltadas a isso, pensar em trading de importação e exportação [empresas que fazem a mediação de venda], escritório de advocacia que trabalhe com comércio exterior e contrato internacional”, exemplificou Sabadin durante o 1º Fórum do Trabalho, Emprego e Empreendedorismo de Mato Grosso do Sul.

Subsecretária de projetos estratégicos de Campo Grande, Catiana Sabadin, durante o 1º Fórum do Trabalho, Emprego e Empreendedorismo de Mato Grosso do Sul (Foto: Juliano Almeida)
Subsecretária de projetos estratégicos de Campo Grande, Catiana Sabadin, durante o 1º Fórum do Trabalho, Emprego e Empreendedorismo de Mato Grosso do Sul (Foto: Juliano Almeida)

“A grande questão é prepararmos melhor a mão de obra que está chegando, capacitar para esse novo modelo de negócio com as oportunidades do corredor”, completou a subsecretária.

No encontro, o secretário Municipal da Juventude, Maicon Nogueira, apresentou as ações da gestão para preparar os jovens de Campo Grande para o novo mercado, mas destacou outros impactos que a Rota irá trazer. “Quando a juventude entender que precisamos voltar olhar para nossos irmãos sul-americanos e estabelecer relações culturais, para isso precisarão ampliar e ter um segundo ou terceiro idioma”.

Além dos empregos diretos ao setor de logística, o secretário-executivo de Qualificação Profissional e Emprego da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), Bruno Bastos, aposta na criação dos empregos indiretos e dá o exemplo de Porto Murtinho, onde está sendo construída a ponte da Bioceânica, que ligará Brasil e Paraguai, por Porto Murtinho (MS) e Carmelo Peralta (PY).

“Com o aumento do fluxo de transporte foi construído um estacionamento de caminhões gigantesco, com um restaurante acoplado. Além dos empregos diretos à logística, foram criados também mais postos de trabalhos tradicionais, como o de garçom e vigia. Quando monta um centro de distribuição, tem toda uma cadeia em volta que cresce”, exemplificou. “Mato Grosso do Sul está em pleno emprego, é o melhor momento econômico da história, desde a criação do Estado”, completou.

O secretário ainda destacou que a Rota trará a expansão do setor de transporte e tecnologia da informação, diretamente ligados à logística.

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