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Economia

Clientes fogem do frio e empresários reforçam vendas por delivery

Ricardo Campos Jr. | 18/07/2017 13:06
Sobá Fast Food é especializado em comida para entrega, mas demanda aumenta no frio. (Foto: Marcos Ermínio)
Sobá Fast Food é especializado em comida para entrega, mas demanda aumenta no frio. (Foto: Marcos Ermínio)
Entregas são preferência nos dias mais frios do ano. (Foto: Marcos Ermínio)
Entregas são preferência nos dias mais frios do ano. (Foto: Marcos Ermínio)

Empresários do ramo de fast food se preparam para um aumento nas vendas por delivery durante a semana mais fria do ano em Campo Grande. Isso porque nas noites de baixas temperaturas, os clientes tendem a evitar sair de casa para ir aos estabelecimentos e normalmente pedem mais comida por telefone.

Alexandre Silva de Paula, 33 anos, é dono da Pedaço da Pizza. Segundo ele, desde ontem já foi notada redução na ocupação do estabelecimento, localizado na Rua Bom Pastor, enquanto os entregadores ficaram mais atarefados.

“Nós já aumentamos o número de entregadores, contratamos freelancers, uns três a mais para dar conta”, disse ao Campo Grande News.

A estratégia é fruto de anos de experiência no mercado de alimentação. Alexandre comenta que normalmente as vendas com entrega a domicílio crescem cerca de 30% não sendo necessário, contudo, aumentar as equipes na cozinha, já que o movimento no estabelecimento cai, mantendo a mesma média de serviço diária. “Já estou acostumado a lidar com essas semanas frias”, brinca o empresário.

Gyovanna Carolina Borges de Morais, 21 anos, é dona da Menina da Coxinha, que trabalha exclusivamente com fast food de salgados e pizzas com bordas de coxinha. Ela ficou sabendo ontem sobre a chegada da frente fria e espera aumento na demanda durante a semana.

“Nós deixamos mais produtos a pronta entrega, aumentamos a produção e contratamos mais uns dois freelancers entregadores e deixamos um terceiro de sobreaviso, porque a nossa demanda aumenta em horários de pico, normalmente entre 16h e 19h”, afirma a empresária.

Embora o carro-chefe sejam os salgados, a pizza com borda de coxinha e os combos estão tendo bastante saída. Hoje ela tem uma equipe de oito pessoas trabalhando somente na cozinha para dar conta dos pedidos. O principal desafio é conseguir entregar os produtos em no máximo uma hora e meia e ainda quentes.

“O único problema que eu tenho é na questão de atendimento. Só tenho um número de Whats App e uma página no Facebook que só eu mexo”, afirma.

Sem saber da chegada da frente fria, a dona de duas lojas Burger & Co em Campo Grande, Flavia Longobardi, 35 anos, reorganizou o sistema de entregas desde o fim da semana passada para dar conta da demanda que vinha aumentando. Agora, as mudanças devem favorecer os atendimentos na semana mais fria do ano.

“Eu acredito que nessa semana vai aumentar o delivery sim, mas não vai interferir na produção, porque as pessoas deixam de ir no restaurante e pedem por telefone”, afirma a empresária.

Hoje a empresa dela tem um sistema de atendimento em que uma central identifica a unidade mais perto da casa do cliente para que o atendimento seja o mais rápido possível. “Eu já estava preparada para o frio porque já estava fazendo essa transição, implantando o delivery nas duas lojas”.

Flávia, em um primeiro momento, não pensa em contratar freelancers para entregas pois calcula que sua equipe atual, aliada às mudanças implementadas na gestão de entregas, irão dar conta do aumento de pedidos em razão do frio.

Tradicional – William Natsuo Tokikawa, 56 anos, é dono da Sobá Fast Food, que além de atender no sistema de entregas, é focado no sistema “pegue e leve”, ou seja, o cliente não consome o produto no local.

Ele disse que somente ontem, quando o frio mal havia começado, a quantidade de sobás vendidos triplicou. “Ontem eu atendi 130 pessoas e vendi 300 sobás”, afirma.

O empresário tem quatro entregadores, mas devido à quantidade de pedidos e a distância da casa dos clientes, muitos evitam encarar o tempo de espera e preferem ir pessoalmente ao local, na Rua Dom Aquino, no Centro, para buscar o prato.

“Como a entrega não tem como agilizar, eles preferem ir lá na loja porque é mais rápido. Você pega uma fila de dez pessoas na sua frente e em quinze minutos já foram todas embora”, afirma.

Para a semana mais fria do ano, Willian não pretende reforçar a equipe. “Aqui em um minuto você está com o sobá na mão. Todos os atendimentos que fizemos ontem, foi com o mesmo pessoal que trabalho normalmente”, completa.

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