Com calor e chuva, batata fica 111% mais cara em quatro dias na Capital
O calor intenso dos últimos dias e as chuvas que não deram trégua na região sul foram fatores determinantes na safra de alguns produtos. Com isso, alguns tubérculos ficaram até 111% mais caros em apenas quatro dias, segundo dados do Ceasa (Central de Abastecimento de MS).
De acordo com a pesquisa do Ceasa, entre 30 de outubro a 3 de novembro, a batata apresentou aumento de 111,11%. Ou seja, passou de R$ 1,80 para R$ 3,80. O coordenador da Divisão de Mercado da Ceasa, Cristiano Chaves, atribui ao clima a oscilação de preço em um curto espaço de tempo. No caso das batatas, o produto é 100% importado, e depende do que acontece no estado de origem para definir o preço em Mato Grosso do Sul.
"A produção não foi boa, mas hoje já notamos que o abastecimento normalizou, isso deve contribuir para que o preço baixe novamente. Nesta semana o preço deve ficar oscilando ainda", diz.
Outro produto que preocupa é a cebola, que subiu 40% em quatro dias. Neste ano ela chegou a custar R$ 8 no mês de junho. Assim como a batata, ela apresentou problemas no abastecimento, com isso passou a custar de R$ 1,25 para R$ 1,75.
"A cebola já vinha oscilando nos preços devido ao calor, pois o clima acaba afetando diretamente na produção, como o produto vem de São Paulo, temos mais um fator que é a crise hidríca".
No mês passado o limão teve alta de 38%, pois estava em período de entressafra, nesses últimos dias ele apresentou retração de 10%, passando de R$ 4 para R$ 3,60 mas ainda não é o momento do consumidor comemorar. "A maioria dos produtores do Estado não plantam limão e outros cítricos. Encontramos em Terenos, mas é pouco para atender a demanda e provavelmente deve subir novamente", conta.
Retração - Alguns produtos como o quiabo que estava em alta há três meses seguidos, passou de R$ 4,67 para R$ 3,33, (-28,57). "Devido ao calor foi uma cultura tardia, e agora veio tudo de uma vez", ou seja, muito produto no mercado os preços acabam caindo.
muito produto no mercado, o preço lá em baixo, são produtos que não fazem uso continuo, quando sobem muito deixa de usar e substitui por outro."
Os ovos também apresentaram queda, como cerca de 50% da produção vem de São Paulo. "Assim como os outros produtos, que apresentaram queda no preço, o abastecimento de ovos está bom o que garante que o preço continue em baixa", afirma Cristiano.