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Economia

Com flor de todo tipo, ambulantes aproveitam Dia de Finados para ter renda extra

Expectativa é de que nos três cemitérios públicos passem 30 mil pessoas ao longo do dia

Por Izabela Cavalcanti e Antonio Bispo | 02/11/2023 09:12
Barraca de flores da Jucimeire, em frente ao cemitério Santo Amaro (Foto: Alex Machado)
Barraca de flores da Jucimeire, em frente ao cemitério Santo Amaro (Foto: Alex Machado)

O Dia de Finados, celebrado nesta quinta-feira (2), também é uma oportunidade para quem quer garantir renda extra com venda de flores. Em frente ao Cemitério Santo Amaro, os arranjos são de todos os tipos e tamanhos, além de velas e barracas de comida.

A expectativa é que, pelo menos, 30 mil pessoas passem pelo Santo Amaro, Santo Antônio e São Sebastião.

Tem até quem chegou na noite de terça-feira (31) para montar a barraca e ficar com tudo pronto às 6h, horário no qual os cemitérios públicos abriram os portões.

Esse é o caso da Jucimeire Silva Santos, de 53 anos. Ela conta que há mais de 20 anos vende flores artificiais na data, mas que no dia a dia trabalha como crocheteira.

A vendedora está acompanhada do filho, da nora e do marido para dar conta da demanda. Os arranjos são produzidos por ela mesma, três meses antes. Os produtos variam de R$ 4,50 a R$ 70.

“Para mim, é uma data muito especial porque faço isso por amor, não só como uma renda extra. Vendendo aqui é uma demonstração de carinho que as pessoas vão levar para seus entes queridos, e isso não tem dinheiro algum que pague. Estou há duas noites sem dormir, mas isso não importa, porque faço isso com prazer”, afirmou.

Segundo Jucimeire, as vendas estão boas e espera que a chuva dê uma trégua para finalizar o dia com a banca sem produtos.

Para conseguir segurar o cliente, ela investe até em desconto. “Todos os clientes que vêm na minha banca eu não deixo sair sem. Se custa R$ 25 e não tem, eu baixo para R$ 20. Se não tem, eu baixo de novo. É uma coisa que eu faço com carinho e isso é para a alma”, destacou.

Giulvane Santos Bezerra, de 37 anos, levou 100 arranjos de flores artificiais e também espera finalizar o dia com todos vendidos. Ela tem essa renda há 5 anos e trabalha como agente comunitária no dia a dia.

Giulvane vendendo flores no cemitério Santo Amaro (Foto: Alex Machado)
Giulvane vendendo flores no cemitério Santo Amaro (Foto: Alex Machado)

“Vou ficar o dia todo ou até vender tudo, espero que não chova, porque isso atrapalha muito. Só venho no Dia de Finados, por conta do meu outro trabalho”, disse. Em sua barraca, as flores artificiais são de R$ 5, R$ 15 e R$ 25.

Iara Faria, de 44 anos, e Maria Benedita, de 63 anos, são mãe e filha. Juntas, vendem salgados fritos na hora. No dia a dia, esse também é o trabalho que leva o sustento para a casa.

Iara vende salgado frito na hora junto com sua mãe (Foto: Alex Machado)
Iara vende salgado frito na hora junto com sua mãe (Foto: Alex Machado)

“As pessoas não vêm com o intuito de comer, mas mesmo assim esperamos ter uma venda boa ao longo do dia, porque já trabalhamos com isso”, contou.

As duas chegaram ao final da tarde de ontem (1°) e pretendem permanecer até às 17h, quando o cemitério fecha os portões.

Tempo – O maior medo dos ambulantes é a chuva. Conforme o Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul), a previsão é de tempo instável com probabilidade para chuvas intensas e tempestades acompanhadas de raios, rajadas de vento e queda granizo.

Para Campo Grande, são esperadas muitas nuvens com possibilidade de chuva isolada. A temperatura máxima na cidade deve ficar na casa dos 34°C.

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