Com preço da energia em alta, Campo Grande registra 5ª maior inflação do País
Índice aferido pelo IBGE aponta ainda 11,25% acumulado nos últimos 12 meses e 7,67% no ano
Mais uma vez, Campo Grande figurou entre as cidades brasileiras com o maior índice de inflação, aferido pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), por meio do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) oficialmente. Em setembro, o indicador chegou a marca dos 1,25%, o quinto maior do País.
Em agosto, o número foi de 0,89% na capital sul-mato-grossense. No Brasil, a média no oitavo mês do ano foi de 0,87%, contra 1,16% de setembro - ou seja, Campo Grande apresenta inflação superior à média nacional aferida no IPCA.
O IPCA conta com checagem em 16 grandes cidades. Além de Campo Grande, estão na lista São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), Vitória (ES), Brasília (DF), Goiânia (GO), Curitiba (PR), Porto Alegre (RS), Salvador (BA), Recife (PE), Fortaleza (CE), Aracaju (SE), São Luís (MA), Belém (PA) e Rio Branco (AC).
À frente de Campo Grande em setembro, aparecem apenas Rio Branco, Curitiba, Porto Alegre e Belo Horizonte com respectivamente 1,56%, 1,54%, 1,53% e 1,34%. Metrópoles tidas com o custo de vida mais alto apresentaram IPCA inferior do campo-grandense em setembro, como é o caso do Rio de Janeiro, com 1,22%, e São Paulo, com 1,01%.
Principais fatores - Puxaram a inflação em Campo Grande, os grupos de habitação e artigos de residência. No primeiro, a alta foi de 2,51%, enquanto no segundo o índice subiu 1,96%. O grupo de transportes ficou na marca de 1,57%, enquanto alimentação e bebidas registrou alta de 1,11%. Os demais grupos não passaram de 1%.
No grupo habitação, setembro registrou alta de 4,43% na energia elétrica residencial, 2,95% no preço do gás de cozinha e 2,67% nos artigos de limpeza, além de 0,82% no valor cobrado em taxas e aluguel e 0,26% em reparos diversos.
Já quanto ao grupo de artigos residenciais, se destaca a alta de 3,13% no preço dos mobiliários, de 3,45% em eletrodomésticos e equipamentos, e de 2,59% em consertos e manutenção, enquanto que no grupo de transportes, a principal alta foi de 4,29% no transporte público - gastos com combustíveis ficou em apenas 1,71%.
Por fim, o grupo de alimentação e bebidas foi marcado por altas e baixas em seus diversos itens. Enquanto houve queda no preço de cereais, leguminosas e oleaginosas (2,78%) e no preço de hortaliças e verduras (4,28%), houve aumento de 5,09% no valor pago pelos campo-grandenses em aves e ovos e de 4,58% no preço das frutas.