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Economia

Comércio da fronteira fecha as portas e paralisação afeta cidades brasileiras

Mariana Rodrigues | 10/03/2015 15:11
Com a paralisação, a falta de clientes tem preocupado os comerciantes de Ponta Porã. (Foto: Ademir Almeida/ Arquivo Dourados News)
Com a paralisação, a falta de clientes tem preocupado os comerciantes de Ponta Porã. (Foto: Ademir Almeida/ Arquivo Dourados News)

Em reivindicação a medida que baixa de 300 dólares para 150 dólares a cota de produtos importados, permitida para cada cidadão brasileiro fazer compras no exterior sem ter que pagar impostos, o comércio de três cidades da fronteira devem fechar as portas no próximo dia 17.

Ciudad Del Leste, Guaíra e Pedro Juan Caballero, que faz fronteira com o município de Ponta Porã - distante a 323 quilômetros de Campo Grande, irão fechar as portas para protestar contra a decisão do governo brasileiro. A data do dia 17 foi escolhida, segundo Eduardo Gaúna, presidente da ACEPP (Associação Comercial de Ponta Porã), por conta das manifestações que devem ocorrer no dia 15 de março nas cidades brasileiras.

Com a paralisação, a falta de clientes tem preocupado os comerciantes de Ponta Porã que devem ser afetados diretamente. "Os comerciantes de Ponta Porã estão preocupados com essa paralisação, pois 50% das nossas vendas são para o Paraguai, isso nos afeta diretamente e com certeza iremos perder vendas", disse.

Eduardo informou ainda que os comerciantes de Ponta Porã, inicialmente, não irão aderir as manifestações. "Por enquanto não vamos fechar as portas em apoio aos comerciantes da fronteira", afirmou.

Os manifestantes querem chamar a atenção para a medida que deve baixar de 300 para 150 dólares a cota de compras no exterior com a isenção de impostos, porém os comerciantes pedem ainda que essa cota suba para 500 dólares.

Vendas na fronteira: Desde o mês passado, representantes do comércio já haviam sinalizado que devido ao atual cenário econômico brasileiro e a alta do dólar, as vendas tiveram redução de 30%. Essa realidade aponta para o impacto já sentido por empresas, que pensam em reduzir o quadro de funcionários para combater a redução na receita.

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