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Economia

Conselho autoriza uso do FCO para instalação de indústria de armas em MS

Indústrias produzem armas, tecnologia da informação, munições e equipamentos bélicos

Luana Rodrigues | 27/09/2017 16:15
Governador Reinaldo Azambuja junto a colegiado. (Foto: Clodoaldo Silva)
Governador Reinaldo Azambuja junto a colegiado. (Foto: Clodoaldo Silva)

O Condel/Sudeco (Conselho Deliberativo do Desenvolvimento do Centro-Oeste) liberou o acesso das indústrias da defesa - que produzem armas, tecnologia da informação, munições e equipamentos bélicos - aos recursos do Fundo Constitucional de FCO (Financiamento do Centro-Oeste) e do FDCO (Fundo de Desenvolvimento do Centro-Oeste) de Mato Grosso do Sul.

Na manhã desta quarta-feira (27), o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) participou de uma reunião em Brasília com o colegiado do Conselho, que também igualou o prazo de financiamento de custeio agropecuário com os prazos concedidos ao capital de giro para o desenvolvimento rural.

“No custeio existe o prazo de ano safra, ao ampliar este prazo para o capital de giro, beneficia os setores do comércio e de serviços, já que o capital de giro é usado principalmente por estes segmentos para sustentação de seus negócios. Com um prazo mais elástico, podendo ajudar muito o setores de serviços e comércio de Mato Grosso do Sul, que poderão fazer um planejamento financeiro maior”, avaliou Azambuja, após a reunião.

Além desta preocupação em assegurar recursos para o comércio e serviços, o Condel discutiu a ampliação do limite de recursos disponibilizados pelo FCO às cooperativas de crédito.

“Devido a gama de cooperados que tem em todos os seus segmentos, os recursos disponibilizados hoje para as cooperativas é insuficiente para atender a demanda dos tomadores, em contrapartida tem sobra de recurso do FCO no Banco do Brasil. A proposta de Mato Grosso, apoiada por nós, é que possa chegar ao limite de 10% ao ano”, disse.

O governador citou um exemplo de que se o FCO tem R$ 10 bilhões, R$ 1 bilhão seria transferido às cooperativas de créditos, com isso, segundo Azambuja, o Estado pulverizaria ainda mais os créditos do Fundo, chegando a um número maior de cooperados. “Haverá descentralização, redução na concentração de recursos no Banco do Brasil, o que facilita para o tomador, já que cooperativa de créditos tem em todas as áreas”, afirmou.

Sobre a indústria da defesa, o governador reforçou que a lei de incentivo de Mato Grosso do Sul é ampla e já é convalidada, o que permite a vinda dessas indústrias para o Estado.

“A indústria da defesa movimenta mais de R$ 250 bilhões no Brasil como um todo. A defesa não é só arma, é tecnologia, é utensílio, fardamento, é comunicação, é TI (Tecnologia da Informação). Você tendo fonte de financiamento para o setor industrial, nós temos o FCO e o FDCO, abre outro horizonte, poderemos ter algumas indústrias da defesa interessadas em vir para o Centro-Oeste, usando estes recursos e fomentando a economia”, afirmou Azambuja.

Participaram da reunião também representantes dos estados de Mato Grosso e Goiás e do Distrito Federal. O encontro foi presidido pelo ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho.

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