Consumidor espera conseguir comprar mais com "imposto zero" na cesta básica
Muitos clientes optam por levar menos produtos na compra mensal para garantir os itens básicos de alimentação
De janeiro até agora, o pão francês acumula aumento de quase 6% e iogurtes e outras bebidas derivadas do leite de vaca também, com acréscimo de cerca de 5,25% em seus preços. Esses itens podem entrar na isenção de impostos na reforma tributária em tramitação, caso os 25 produtos listados para inclusão na cesta básica zerada sejam aprovados pelo Senado Federal.
A Abras (Associação Brasileira de Supermercados) encaminhou estudo para analisar tais itens e avalia que são os mais necessários de ter o imposto zerado. Caso a reforma tributária passe no Senado – a votação está prevista para terça-feira, dia 7 – e seja sancionada pelo presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT), lei complementar é que vai estabelecer quais serão, efetivamente, os produtos a serem incluídos na cesta isenta.
Entretanto, uma coisa já se pode afirmar: o consumidor vai sentir no bolso a redução do imposto, que vai baratear produtos e claro, aumentar o poder de compra. Para a estudante de 18 anos, Tamara Obeide, a isenção é necessária, principalmente nos produtos lácteos. “Vai ser importante principalmente para os laticínios, porque envolvem muitos produtos e a gente consome muito”, afirma.
Cecília Gonçalves, de 30 anos é auxiliar de serviços gerais e fazia compras em mercado no Jardim dos Estados. Para ela, a redução vai ser importante se atingir frutas e verduras, que ela passou a comprar menos. “Eu compro frutas e verduras, mas em menor quantidade, porque tem outros itens que precisamos mais, como arroz, feijão e produtos de higiene”, conta.
A atendente Gaziele Ventura, 26, avalia que especialmente a carne precisaria de redução no preço e sim, o item é um dos 25 da lista da Abras. “Se reduzir mesmo esse imposto vai ser muito bom, porque a gente vai poder comprar mais coisas. Hoje em dia eu deixo de lado alguns produtos para levar aquilo que é mais essencial”.
Aos 61 anos, o aposentado Valdir Vieira não acredita na isenção. “Acho que é difícil ser aprovado isso aí, mas se aprovar vai ser muito bom. É algo necessário até pra podermos comprar mais”, destacou.
Dono de mercado no bairro Nova Lima, Romilso Ferreira, 36, afirma que os clientes tem reclamado com frequência dos altos preços. “Tenho notado que muitos clientes deixam de levar os itens supérfluos para levar os básicos apenas. Bolacha mesmo, aumentou bastante e o pessoal tem comprado menos”, disse.
Para ele, consumidores e empresários do ramo supermercadista vão ser beneficiados. “Se os preços caem, o consumidor compra mais e a gente ganha também”, sustenta.
O Campo Grande News ouviu o presidente da Amas (Associação Sul-mato-grossense de supermercados), Denyson do Prado que afirma que caso a cesta básica com imposto zero seja aprovada, os preços vão cair para o consumidor. “Se o lojista comprar mais barato, vai repassar para o consumidor. Mas a desoneração ainda está sendo discutida. A Abras está no Senado, solicitando vários itens”.
Confira os 25 itens listados abaixo:
Proteínas
Carne bovina
Carne de frango
Carne suína
Peixe
Ovos
Farinhas e massas
Farinha de trigo
Farinha de mandioca
Farinha de milho
Massas alimentícias
Pão francês
Laticínios
Leite UHT
Leite em pó
logurte
Leite fermentado
Queijos
Manteiga
Cereais e leguminosas
Arroz
Feijão
Outros
Café
Açúcar
Óleo de soja
Óleo vegetal
Margarina
Frutas, legumes e verduras
Frutas
Legumes e Verduras
Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News.