Contra a aftosa, Exército fica na fronteira por mais 14 dias, anuncia ministro
Governo de MS decidiu proibir tráfego de animais na região, por causa do foco da doença no Paraguai
Durante reunião com secretários de Agricultura realizada ontem, o ministro da Agricultura, Pecuaria e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho, assegurou que a Operação Ágata 2, desenvolvida pelo Exército, vai continuar por pelo menos mais 14 dias, como parte das ações para evitar a entrada no Estado do vírus da febre aftosa, após o surgimento de foco da doença no rebanho bovino do Paraguai.
O governo de Mato Grosso do Sul já decidiu que vai fechar a fronteira para o tráfego de produtos de origem vetegal e subprodutos, além dos produtos animais, que já estavam vetados.
Na reunião de ontem, o ministro defendeu a atuação conjunta entre o órgão e os quatro estados do Codesul (Conselho de Desenvolvimento da Região Sul),
Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná a para reforçar o monitoramento diário na fronteira com o Paraguai e reduzir o risco de entrada da febre aftosa no Brasil.
O período em que a operação será estendida é o necessário para vencer o ciclo do ciclo do vírus. “Pedimos que qualquer sinal de alerta seja imediatamente avisado para todos. Não queremos criar alarmismo, mas sim prevenir", afirmou.
Os outros estados também se comprometeram a intensificar as medidas preventivas que já estão em andamento. Segundo o Ministério divulgou, o Rio Grande do Sul deve começar contagem de animais nas áreas de risco em propriedades localizadas na região dos municípios entre Garruchos e Barra do Guarita, na região noroeste do Estado.
Santa Catarina decretou estado de alerta sanitário e colocou 67 barreiras
nas divisas com Paraná e Rio Grande do Sul e também na fronteira com a Argentina. O contingente de fiscais agropecuários e de policias militares foi reforçado principalmente nas divisas com o Paraná e a Argentina.
No Paraná, a fiscalização sobre o trânsito de animais e cargas de produtos e subprodutos de origem animal foi reforçada em toda a área de abrangência da fronteira com Mato Grosso do Sul e com os países vizinhos. No posto de fiscalização de Foz do Iguaçu, onde passam cargas de animais e produtos, o ministério reforçou a atenção e controla a entrada de caminhões vindos do Paraguai.
Além disso, diariamente são realizadas videoconferências com as equipes técnicas dos quatro estados para acompanhar as atividades. Desde a última terça-feira, 20 de setembro, foi determinada a suspensão temporária da importação de animais vivos e produtos in natura provenientes do Paraguai.