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Economia

Crise chega ao JBS e unidade de Nova Andradina entra em férias coletivas

Priscilla Peres | 07/07/2015 15:00
A partir de amanhã, cerca de 400 funcionários entram em férias coletivas por 20 dias. (Foto: Bárbara Ballestero/Nova News)
A partir de amanhã, cerca de 400 funcionários entram em férias coletivas por 20 dias. (Foto: Bárbara Ballestero/Nova News)

A crise que afeta os frigoríficos de Mato Grosso do Sul chegou ao JBS. A empresa considerada uma potência brasileira do setor de carnes, concedeu férias coletivas de 20 dias para cerca de 400 funcionários da unidade de Nova Andradina - distante 300 km da Capital. O Estado já reduziu em 23% a capacidade de abate, em relação ao ano passado.

Segundo informações do site Nova News, as férias coletivas dos funcionários começam amanhã e seguem por 20 dias, sendo que a empresa pode pedir a prorrogação do período por mais 10 dias, totalizando um mês.

O Presidente do STIANA (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de Nova Andradina e Região), Sergio Ventura, explica que a documentação referente ao pedido de férias coletiva que a empresa precisa apresentar aos órgãos competentes já está em dia e dos 430 funcionários da unidade, apenas o setor administrativo deve permanecer trabalhando nos próximos dias.

De acordo com nota emitida pela Broadcast Agro, a companhia informa que o motivo das férias "é a baixa disponibilidade de matéria-prima na região". Após este período, a JBS acredita que as atividades serão retomadas normalmente.

Setor - Levantamento do Valor Econômico mostra que MS tem 17 frigoríficos brasileiros paralisados e houve redução de 7,3 mil cabeças para abate por dia. Isso tudo resultou no fechamento de 1.110 postos de trabalho em todo o Estado.

Essa é a primeira unidade do JBS a apresentar dificuldades claras em MS. O grupo já suspendeu operações na planta industrial de Cuiabá, no Mato Grosso. Segundo a empresa, os 494 funcionários desta unidade terão a opção de se mudarem para outras fábricas no país ou serão desligados.

Ainda para o Valor Econômico, a consultoria Agrifato levantou que 44 plantas já deixaram de abater bovinos este ano, e a maioria delas é de médio e grande porte e fiscalizadas pelo SIF (Serviço de Inspeção Federal). Para a diretora da empresa, Lygia Pimentel, os números são assustadores, principalmente os que tratam de paralisações definitivas e temporárias.

O Brasil abriga o maior rebanho comercial de bovinos do mundo e esses fechamentos representam redução de 13% na capacidade diária nacional de abate, o que significa 30 mil cabeças. No fim do ano passado, as unidades em operação em todo o país tinham capacidade para abater 220 mil cabeças por dia.

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