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Economia

Crise intensifica inadimplência e Capital tem 2,2 mil novos registros em maio

Osvaldo Júnior | 29/06/2017 17:51

O mês de maio encerrou com acréscimo de 2,2 mil títulos no estoque da inadimplência no varejo da Capital. Com isso, o INC (Índice de Negativação do Comércio), calculado pela ACICG (Associação Comercial e Industrial de Campo Grande) marcou 35 pontos, três acima do indicador de abril. A situação, de acordo com a entidade, é preocupante, porque não há sinais de melhora do quadro de emprego.

De acordo com o economista-chefe da ACICG, Normann Kallmus, a capacidade de recuperação de crédito está esgotada. “Claro que, se comparado com o indicador de 2015, que era de 173 pontos, podemos afirmar que tendemos a uma situação de estabilização em patamares muito mais baixos, no entanto é necessário considerar que não existem indicações de uma retomada mais efetiva dos níveis de emprego nos próximos meses, o que aumenta o risco de inadimplência”, comentou.

Para o comércio, conforme o economista, é preferível abrir mão das vendas que ter prejuízo com a inadimplência. “É melhor não vender do que vender e não receber”, disse.

A ACICG também informou que o IRC (Índice de Recuperação de Crédito) atingiu 45 pontos, dez acima do mês de abril. Apesar disso, o economista diz que isso não foi suficiente para reduzir a massa de inadimplentes.

“Registramos em maio um aumento superior a 2.200 títulos no estoque de inadimplidos, enquanto em maio do ano passado houve uma redução de estoque de 4.400 títulos. No ano, já registramos um crescimento no estoque de inadimplidos de 6.700 títulos”, informa Kallmus.

FGTS e datas – Com a crise econômica crescente, nem os saques das contas inativas do FGTS nem as datas comemorativas têm ajudado a fomentar as vendas, conforme observa a ACICG.

Comércio central de Campo Grande (Foto: Arquivo)
Comércio central de Campo Grande (Foto: Arquivo)
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