Curso vai ensinar famílias a cultivar mamona para comercialização
Começa hoje (6) no assentamento Estrela, em Jaraguari - distante 45 km de Campo Grande, capacitação inédita sobre o cultivo e fornecimento da semente da mamona, para a fabricação de 400 toneladas mensais de óleo. Nesta fase, 12 produtores familiares vão participar do curso.
Oferecido pelo Senar/MS (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural), o curso é voltado para interessados em cultivar o grão para comercialização em escala comercial. Jaraguari foi escolhido em uma decisão estratégica, já que lá está localizada uma empresa especializada em processamento de mamona e produção de óleo para fins comerciais (produção de tintas e cosméticos).
Segundo informações do proprietário da Projebio, Marcel Chain, não existe cultivo comercial do grão no estado e, por isso, ele compra a matéria-prima diretamente da Bahia. “A empresa produz mensalmente 400 toneladas de óleo de mamona que é vendido para São Paulo e Rio Grande do Sul. Em razão da grande distância com o principal fornecedor de mamona, conversamos com o Sindicato Rural de Jaraguari e sugerimos um atendimento especializado para produtores interessados em produzir a oleaginosa”, detalhou.
Para o superintendente do Senar/MS, Rogério Beretta, a implementação da cultura em MS representa uma novidade que pode incrementar a renda do pequeno produtor. "Poucos conhecem a potencialidade de produzir mamonas no Mato Grosso do Sul e é isso que o programa ATER - Assistência Técnica e Extensão Rural do Senar vai modificar na região, porque além de informações sobre o cultivo, vamos fornecer suporte técnico aos interessados na produção".
O investimento é vantajoso porque pode ser integrado a outras culturas, o que facilita a adesão dos produtores de todas as regiões do Estado, porém o retorno acontece a médio prazo e precisa contar com assistência técnica como a oferecida pelo Senar/MS.
Para o tesoureiro do Sindicato Rural de Jaraguari, Jonas Batista, a iniciativa trará o desenvolvimento da região, por meio da implantação de uma nova cultura e ainda oferecerá aos agricultores familiares alternativas de plantio e geração de renda. “A empresa Projebio possui capacidade de esmagar inicialmente 2,5 mil hectares de mamona. Com apoio do Senar poderemos impulsionar a produção do grão na região e ainda oferecer uma alternativa aos moradores dos 16 assentamentos existentes no município”, argumentou.