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Economia

Desafio é levar trabalhador jovem para o interior, diz Verruck

Segundo secretário, Estado é muito procurado por venezuelanos, que encontram pleno emprego

Por Maristela Brunetto | 10/05/2024 15:03
Estado entregou licença para fábrica chilena de celulose esta manhã; crescimento industrial desafia a oferta de mão de obra (Foto: Semadesc/ Mairinco de Pauda)
Estado entregou licença para fábrica chilena de celulose esta manhã; crescimento industrial desafia a oferta de mão de obra (Foto: Semadesc/ Mairinco de Pauda)

Com um crescimento econômico direcionado a cidades menores, onde estão se instalando indústrias de transformação, o poder público vê como desafio despertar o interesse dos jovens para as oportunidades no interior. A preocupação foi manifestada esta manhã pelo secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jaime Verruck, após evento em que a empresa chilena produtora de celulose, Arauco, recebeu licença para iniciar a construção de uma fábrica em Inocência.

O projeto é estimado em R$ 28,3 bilhões, com R$ 15 bilhões aplicados até meados de 2028 para a instalação de uma primeira planta, com capacidade de produzir 2,5 milhões de toneladas ao ano.

Além dela, outra gigante, com as mesmas proporções, a Suzano, deve ativar nos próximos meses uma fábrica em Ribas do Rio Pardo, somando cinco fábricas de celulose no Estado. Outro setor que se expande é o de biocombustíveis, com fábrica sendo implantada em Sidrolândia e outras em expansão.

Verruck aponta que o Estado enfrenta falta de mão de obra, nem se falando em qualificada ou não. A preparação para o mercado de trabalho será ofertada pelo poder público e setor empresarial, diz o secretário.

Ele menciona que o desafio é convencer jovens a assumir pontos nas cidades menores, vendo perspectivas nos empreendimentos em expansão. Conforme Verruck, está mais difícil empregar os jovens porque preferem ficar em cidades maiores, citando Campo Grande e Dourados.

Com falta de mão de obra, o secretário aponta que os estrangeiros e moradores de outras regiões procuram o Estado. Segundo ele, Mato Grosso do Sul é o segundo em destinação de vagas para venezuelanos. Eles têm empregabilidade plena aqui, conforme Verruck.

No começo da semana, a Fiems projetou que a indústria no Estado demandará 14,5 mil vagas nos próximos anos.

Desafio de crescer – Se por um lado a diversificação das atividades econômicas traz desenvolvimento e receitas, por outro demanda infraestrutura. Com o Estado vivenciando um crescimento de 7%, o governador Eduardo Riedel (PSDB) apontou que expectativa é seguir em um ritmo duas vezes maior que a média nacional.

Essa ampliação se revelou mais rápida que os investimentos do poder público em infraestrutura de logística e o desafio é “fazer boas escolhas” para aplicar os recursos públicos, disse o governador.

Conforme ele, o Estado apresenta a segunda melhor taxa de investimentos, com 18,16% da receita corrente líquida, ficando atrás apenas de Alagoas (18,50%), em levantamento da organização não governamental CLP (Centro de Liderança Pública). Para este ano são cerca de R$ 3 bilhões para obras de transporte, além de captação de mais R$ 2 bilhões com o BNDES para o setor. Nesses valores constam novas estradas pavimentadas entre municípios do interior, como a ligação entre Ribas do Rio Pardo e Camapuã e outros trechos em fase de projeto, como trechos ligando Rio Brilhante e Terenos a Sidrolândia e Corguinho a Aquidauana.

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