Indústria projeta 14,5 mil empregos e promete qualificação
Setor industrial é o segundo em oferta de empregos; indústria de transformação deve ampliar importância
Apostando na indústria de transformação de produtos primários, o setor deve ver a ampliação de 14.500 vagas de trabalho no próximo ano e já antevê um problema: a falta de mão de obra. Por isso, o setor divulga que busca trabalhadores, mesmo sem qualificação, já que essa tarefa a Fiems (Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul) vai ofertar com investimentos das próprias indústrias e parceria com o poder público.
Esta manhã, representantes da entidade, do setor industrial e Executivo Estadual apontam como pretendem “vender” Mato Grosso do Sul durante o MS Day, evento que ocorre a partir deste domingo, em Nova Iorque.
O presidente da Fiems, Sérgio Longen, mencionou a importância da parceria com a administração pública para o desenvolvimento industrial do Estado. Ele apontou que o desenvolvimento do setor não representa ganhos somente para investidores, mas transforma o perfil financeiro das cidades.
Um exemplo, segundo relatou, é o caso de Ribas do Rio Pardo, que no segundo semestre deve contar com uma fábrica de celulose da Suzano em funcionamento. O empreendimento, bilionário, era o maior investimento privado em instalação no País e causou um “boom” de crescimento na cidade, inclusive gerando problemas de desenvolvimento urbano e prestação de serviços públicos. Segundo disse Longen, um dos efeitos foi a valorização imobiliária, com terreno que custava R$ 20 mil passando a cerca de R$ 300 mil.
Em breve, outra cidade pequena vai vivenciar a mesma situação, Inocência, que vai receber outra fábrica de celulose, da Arauco, ainda em fase de licenciamento, também investimento bilionário.
Ezequiel Resende, economista-chefe da Fiems, considerou que o Estado tem um ambiente econômico favorável ao investimento e ressaltou o papel no governo na construção dessa condição, anunciando e executando iniciativas para o crescimento econômico. Um dos pontos centrais que o Executivo tem apontado é a necessidade de ampliação da logística de transportes.
Sobre a falta de mão de obra, apontou ser um “problema bom”, uma vez que pode ser equalizado. Além da indústria da celulose, MS tem apostado na transformação de grãos, incluindo biocombustíveis.
Conforme a Fiems, o setor emprega 159 mil pessoas, sendo o segundo em oferta de empregos, com 24%, atrás dos serviços, que responde por 39% das ocupações; comércio responde por 23% dos empregados e o agro, em quarto, emprega 14%.
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