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Economia

Eldorado registra prejuízo de R$ 1 milhão no segundo trimestre, aponta balanço

Ricardo Campos Jr. | 28/09/2017 12:02
Fábrica de celulose Eldorado, em Três Lagoas (Foto: divulgação)
Fábrica de celulose Eldorado, em Três Lagoas (Foto: divulgação)

Mesmo aumentando a receita líquida em 5%, a fábrica de celulose Eldorado registrou prejuízo de R$ 1 milhão no segundo trimestre de 2017 frente ao ganho de R$ 414 milhões em 2016. Os dados fazem parte do balanço financeiro ainda não auditado da fábrica localizada em Três Lagoas, a 338 quilômetros de Campo Grande.

Segundo informações do Valor Econômico, a última linha do balanço foi impactada pelo resultado financeiro negativo em R$ 375 milhões no trimestre, refletindo o efeito da variação cambial na dívida expressa em moeda estrangeira. As vendas caíram 6%, em torno de 436 mil toneladas.

A dívida líquida da companhia apurada ao fim de junho ficou em R$ 7,846 bilhões, valor 1,7% acima do que havia sido apurada no primeiro trimestre.

Já a receita aumentou em R$ 824 em função da melhora de 18% no preço da celulose de fibra curta. A Ásia foi o principal destino da matéria-prima produzida em Três Lagoas, sendo responsável por 43% do volume comercializado. A Europa respondeu por 30%, a América Latina por 17% e a Ásia por 10%.

Ainda conforme o Valor, o resultado do Ebitda, que mede o quanto a empresa gera em recursos apenas com as atividades operacionais, subiu 2% no trimestre, elevando-se ao patamar de R$ 475 milhões, refletindo a melhora dos preços e a forte redução do custo caixa de produção de celulose, que totalizou R$ 469 por tonelada no intervalo. No ano passado, esse custo estava em R$ 619 por tonelada.

Sob nova direção – A Eldorado foi comprada pela companhia indonésia Paper Excellence. Nesta semana a estrangeira tornou-se acionista minoritária da fábrica depois de repassar R$ 1,006 bilhão aos donos da planta, tendo recebido por isso 13% dos ativos.

Os dirigentes da empresa têm interesse em comprar a fatia de 17% detida conjuntamente pelas fundações e mais 4% de participação da J&F, caso elas optem pelo direito da venda conjunta. Se essa transação se concretizar, 34% do capital da Eldorado passará ao domínio estrangeiro.

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