Estado vai rever incentivo da Eldorado para equilibar setor, diz Reinaldo
Segundo o governador, a intenção é fazer um novo acordo, mas igual ao que já é aplicado com outras empresas do setor
O governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), afirmou que vai cancelar o incentivo fiscal concedido para a Eldorado, fábrica de celulose instalada em Três Lagoas, a 338 quilômetros de Campo Grande.
A medida, confirmada nesta terça-feira, dia 26, visa equilibrar a cadeia produtiva do setor, conforme o governador. "Não dava para continuar com o incentivo que a Eldorado tem, porque a Fíbria não tem". Esta última empresa é a maior produtora mundial de celulose de eucalipto, também instalada em Três Lagoas.
Para Azambuja, o governo precisa aplicar "isonomia no tratamento", o mesmo que foi feito com o setor de frigorífico. "A JF tem o mesmo incentivo que outros 27 têm. Não podemos dar um incentivo diferenciado, até pela questão da competitividade".
Contudo, o Estado já estuda juridicamente outro acordo com a Eldorado, depois que o cancelamento da atual ajuda fiscal for oficializada. "Assim que a publicação sair, nós vamos comunicar os novos sócios e analisar como vai ser".
Ele se refere à companhia indonésia Paper Excellence, que tornou-se acionista majoritária da fábrica de celulose. Na segunda-feira, ela repassou R$ 1,006 bilhão aos donos da planta sul-mato-grossense e recebeu 13% dos ativos.
Revisões - O secretário da Sefaz (Secretaria de Estado de Fazenda), Márcio Monteiro, afirmou que o governo está revendo os Tares (Termos de Acordo de Regime Especial) concendidos a todas as empresas em MS.
A intenção, conforme o titular, não é cancelar, necessariamente. Mas, sim, analisar se há diferenças e irregularidades e, se for o caso, anular ou rever os benefícios.