ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
JULHO, QUINTA  18    CAMPO GRANDE 19º

Economia

Em 8 anos, empresas de mineração pagaram R$ 345,09 milhões ao governo de MS

No ranking nacional, o Estado está em 7º lugar em arrecadação do setor, com previsão de aumento futuro

Jhefferson Gamarra | 16/01/2023 15:35
Empresa explorando mineração em Corumbá (Foto: Divulgaçaõ/Governo MS)
Empresa explorando mineração em Corumbá (Foto: Divulgaçaõ/Governo MS)

Dados divulgados pela Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) mostram que, entre 2015 e 2022, Mato Grosso do Sul arrecadou R$ 345,09 milhões em compensação financeira pela exploração de recursos minerais de empresas que atuam no Estado.

Apenas em 2022, o montante arrecadado ficou em R$ 83.107.364,36 pagos por 162 empresas, o que indica aumento de 101,25% no total de contribuintes e de 109,37% no valor arrecadado, se comparado com o ano anterior.

"Temos em nosso subsolo a terceira maior reserva do Brasil na região de Corumbá e Ladário, cuja exploração data da época da Guerra do Paraguai, com as primeiras concessões de lavra expedidas em 1876. Isso tem atraído investidores que buscam minérios de altos teores e consequentemente tem a sua venda garantida", explicou o titular da pasta, Jaime Verruck.

No ranking nacional, Mato Grosso do Sul ocupa a 7º posição na arrecadação do setor. Além de Corumbá e Ladário, que é a primeira região do País em alto teor de minério (44 a 48% de Mn) e o minério de ferro (60% a 67%), o Estado conta ainda com a Serra de Bodoquena como polo de mineração, devido às reservas de calcário dolomítico e calcítico, fosfato e mármores dali.

"A estes bens minerais do Mato Grosso do Sul, se somam a extração de água mineral, folhelho, filito (indústria cimenteira), granitos (brita e rochas ornamentais), remineralizadores de solo (pó de rocha) e materiais de uso na construção civil (areia, cascalho e basalto) e na indústria cerâmica (argila)", exemplificou Verruck.

Do total arrecadado, em 2021, 53 municípios sul-mato-grossenses receberam recursos oriundos da CFEM (Compensação Financeira da Exploração de Recursos Naturais), com o maior volume destinado para Corumbá, que ficou com R$ 67,4 milhões.

"Completando os três primeiros colocados, tivemos Bela Vista com R$ 5,9 milhões e Bodoquena com R$ 1,6 milhão. Esses três municípios representaram, respectivamente, 81,15%, 7,18% e 2,03% do total arrecadado com a mineração em 2022 no Estado", frisou o secretário-executivo da Cadeia Produtiva Mineral da Semadesc, Eduardo Pereira.

Nos siga no Google Notícias