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Economia

Em MS, 94% dos pequenos negócios aceitam pagamento por Pix, conclui pesquisa

Mas empreendedores precisam avançar na adoção de ferramentas digitais para gestão das empresas

Ana Paula Chuva | 04/02/2022 13:35
Em MS, 94% dos pequenos negócios aceitam pagamento por Pix, conclui pesquisa
Área da ferramenta de pagamento Pix em aplicativo. (Foto: Ilustrativa | Marcos Maluf)

Pesquisa realizada pelo Sebrae em parceria com a FGV (Fundação Getúlio Vargas) mostrou que em Mato Grosso do Sul, 94% dos pequenos negócios aceitam Pix para pagamentos das vendas. Os dados são de novembro de 2021, mas foram divulgados nesta sexta-feira (4).

De acordo com a 13ª edição da pesquisa de Impacto da Pandemia do Coronavírus no setor, o número de novembro é oito pontos percentuais maiores do que a edição de agosto do estudo, quando 86% dos entrevistados informaram ter aderido a modalidade de pagamento.

“É uma tendência que veio para ficar e chegou em um cenário de instabilidade econômica. A pandemia fez com que muitos empresários precisassem migrar para formas de comercialização digital, e o Pix foi mais uma das opções de pagamento digital. A partir dele, as pessoas puderam concretizar suas compras à distância, sem precisar ter contato com máquina de cartão ou dinheiro. Pela facilidade dele, se disseminou rapidamente em todo o país”, explicou a analista técnica do Sebrae, Vanessa Schmidt.

Os números também revelam que em MS, a maioria dos empreendedores (85%) vende utilizando as redes sociais, aplicativos ou internet, como por exemplo, WhatsApp, Facebook, Instagram, entre outros. No entanto, o número cai para apenas 11% dos entrevistados quando o assunto são as tecnologias digitais para a gestão do negócio.

“A pandemia impulsionou o aumento do uso da tecnologia para facilitar as relações comerciais, porque essa foi uma necessidade do mercado. Muitos empreendedores passaram a ver nos canais digitais, a facilidade de comercialização para que suas vendas não caíssem, ou que pudessem crescer nesse período de restrições. No entanto, a pandemia não teve a capacidade de dar o mesmo impulso na automação de processos, já que, naquele momento, a necessidade para a empresa continuar operando era garantir as relações comerciais, ou seja, continuar vendendo”, pontuou Vanessa.

Desafios – O estudo ainda mostra que os empresários continuam tendo dificuldades para voltarem à situação financeira de antes da pandemia de covid-19. No Estado, 60% aponta que o principal problema é o aumento dos custos.

“Houve um grande impacto nas cadeias de fornecimento. Muitos produtos, insumos e matérias-primas faltaram no mercado e a logística ficou mais dificultada. Tivemos um ano de inflação alta, com aumento generalizado de preços. O processo produtivo sofreu com esse aumento dos custos e fatores de produção, consequentemente, o produto passou a ser vendido a um preço mais alto. Esse continua sendo um gargalo para os empresários, e muitos também sofreram com queda nas vendas e dificuldade para acessar crédito”, afirmou a analista do Sebrae.

Também estão na lista de dificuldades: a falta de clientes (16%), dívidas com fornecedores (8%), dívidas com empréstimos (6%) e dívidas com impostos (5%). A pesquisa foi realizada entre os dias 25 de novembro a 1º de dezembro, com 6.883 respondentes de todos 26 Estados e DF, sendo 95 de Mato Grosso do Sul.

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