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Economia

Gasolina, que chegou a custar R$ 2,89, já está mais cara na Capital

Combustível já está sendo vendida por até R$ 3,76 e pode chegar a R$ 4,15

Osvaldo Júnior e Amanda Bogo | 21/07/2017 14:02
Gasolina comum vendida a R$ 3,76 em posto de Campo Grande (Foto: André Bittar)
Gasolina comum vendida a R$ 3,76 em posto de Campo Grande (Foto: André Bittar)

Um dia depois da alta do PIS/Cofins incidente sobre a gasolina, diesel e etanol, os preços dos combustíveis começaram a ser reajustados em Campo Grande, antes mesmo dos repasses das distribuidoras. O valor da gasolina já chega a R$ 3,76 e pode alcançar R$ 4,15 na próxima semana.

O preço máximo verificado pelo Campo Grande News (R$ 3,76) é praticado por um posto, na Rua Marquês de Lavradio. Antes, a gasolina custava, no local, R$ 3,25. A alta, de R$ 0,51, equivale à variação de R$ 15,7%.

Outro valor acentuado, se comparado com a média das últimas semanas, é de R$ 3,59. Esse valor é praticado, por exemplo, no Posto Tereré, em frente ao Shopping Campo Grande e no Auto Posto Nipobras, na Avenida Euler de Azevedo. Nesse último, o combustível custava R$ 3,39, aumento de 5,89%.

Os preços continuarão subindo. A estimativa de Evaldo Rosário, gerente de posto da Petrobrás, na Avenida Mato Grosso, é que o valor da gasolina alcance R$ 4,15 em alguns dias. “Calculo que a gasolina possa chegar de R$ 4,11 a R$ 4,15”, disse.

Para ele, a alta pode reduzir o consumo. Os clientes já sumiram dos postos. A crise é mais forte no caso de quem abastece carros. E a tendência é que diminua ainda mais”, completou.

Consumidores – O comentário do gerente é sentido no bolso de quem precisa abastecer. “Achei péssimo esse aumento, tento economizar faz muito tempo, mas não tem jeito. Preciso do carro para me locomover. O Governo manda e a gente obedece”, opinou a professora Maria Auxiliadora dos Santos, 51 anos.

A aposenta Sueli Toledo, 72 anos, também reclama da alta, considerando a situação como “falta de vergonha nacional”. “É uma falta de vergonha, porque ao invés de diminuir os gastos, eles aumentam os impostos. Não sei até quando o brasileiro vai aguentar. É uma falta de vergonha nacional. Fico indignada”, reclamou.

Sueli completou que a alternativa é andar a pé, porque o transporte público também é de má qualidade. “Vou ter que deixar o carro em casa e procurar outras alternativas. O problema é que moro em Aquidauana e lá não tem transporte público de qualidade, por isso vou acabar andando a pé”, disse

Antes do repasse – Com o aumento tributário, os preços, nas distribuidoras, sobem R$ 0,4109 (gasolina), R$ 0,2135 (diesel) e R$ 0,1964 (etanol). Essa diferença tende a ser repassada à bomba. O agravante é que há postos reajustando os preços mesmo sem a alta chegar às distribuidoras.

O decreto, autorizando as altas, foi assinado ontem presidente Michel Temer . A expectativa do governo federal é de arrecadar R$ 10,42 bilhões neste ano com o aumento dos impostos.

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