Governo de MS prevê aumento na exportação de grãos com a Nova Ferroeste
Em 2023, MS exportou 14,5 toneladas de grãos via Porto de Paranaguá e prevê aumento com nova malha ferroviária
Com o aumento na exportação de grãos, Mato Grosso do Sul é segundo maior usuário do Porto de Paranaguá, atrás apenas do Paraná. No primeiro semestre deste ano, 36.257 caminhões de MS descarregaram no porto paranaense e a exportação, até julho deste ano, chegou a 14.521.306 toneladas, aponta a Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação).
A pasta também aponta que, desse total, 28% dos produtos embarcaram por Paranaguá com destino à China, Coreia do Sul e Bangladesh. A previsão é que o volume aumente ainda mais quando forem implantados os projetos estratégicos do Governo do Paraná para aprimorar a logística para transporte e desembarque de mercadorias no porto.
Uma delas é a implantação da ferrovia Nova Ferroeste, que ligará o município de Maracaju, a 160 km da Capital, diretamente a Paranaguá. O outro investimento é o Moegão, estrutura que será implantada no Porto de Paranaguá exclusiva para receber produtos que chegam por ferrovia.
De acordo com o coordenador do Plano Estadual Ferroviário do Paraná, Luiz Henrique Fagundes, o Porto de Paranaguá é peça fundamental nas exportações de Mato Grosso do Sul. “O que falta para o Porto de Paranaguá ser o principal porto para Mato Grosso do Sul é ter uma boa cadeia logística. Isso vai acontecer com a construção da Nova Ferroeste e do Moegão. Isso fará a conexão entre a ferrovia e porto, que já é o mais eficiente do país”, avalia.
O secretário da Semadesc, Jaime Verruck, reforça que o Governo de MS será parceiro do Governo do Paraná na viabilização da Nova Ferroeste. “Essa ferrovia vai nos ajudar a chegar ao Porto de Paranaguá com maior eficiência, velocidade e capacidade de carga muito superior do que hoje, dando mais competitividade aos nossos produtos”, destaca.
Nova Ferroeste - Essa linha férrea vai conectar diretamente o município de Maracaju, em Mato Grosso do Sul, a Paranaguá. Além disso, a Nova Ferroeste incluirá dois ramais: Cascavel-Foz do Iguaçu e Cascavel-Chapecó (SC), que totalizará 1.567 quilômetros de malha ferroviária.
A cidade paranaense dá acesso ao Oceano Atlântico e contempla o segundo maior porto do Brasil, atrás apenas de Santos (SP). Serão construídas ferrovias em 1.319 quilômetros de extensão.
O porto de Paranaguá é um dos responsáveis por boa parte das movimentações do Comércio Internacional e engloba 13 setores de atividade econômica, sendo que cinco têm maior destaque: agroindústria e madeira, material de transporte, alimentos e bebidas, indústria química e indústria mecânica.
Santa Catarina e Paraná são responsáveis por 70% da exportação da carne de aves e suínos do Brasil e, essa carga, somada aos grãos de Mato Grosso do Sul, levariam à captação de 38 milhões de toneladas no primeiro ano de operação plena da ferrovia. A obra é estimada para ficar pronta em cerca de sete anos.
Por meio de Foz do Iguaçu, o trajeto ligaria também o nordeste da Argentina e o leste do Paraguai, por meio de Ciudad del Este, segunda maior cidade paraguaia.
Moegão - O projeto envolve a criação de uma estrutura exclusiva no Porto de Paranaguá para receber produtos que chegam por ferrovia, sem a necessidade de desmembramento das composições. O Moegão irá conectar os 11 terminais que fazem parte do Corredor Leste de Exportação, resultando em um aumento de 63% na capacidade de descarga.
Isso permitirá a descarga simultânea de três composições de 60 vagões, tornando o processo de descarga mais rápido e eficiente.
Movimentação - O porto de Paranaguá é um dos responsáveis por boa parte das movimentações do Comércio Internacional e engloba 13 setores de atividade econômica, sendo que cinco têm maior destaque: agroindústria e madeira, material de transporte, alimentos e bebidas, indústria química e indústria mecânica.
Entre janeiro e julho deste ano, o Porto de Paranaguá registrou um aumento significativo na movimentação de cargas, com um impressionante crescimento de 32%. Esse crescimento é impulsionado principalmente pela soja em grão, seguida pelo farelo de soja e milho.
Durante esse período, o porto embarcou 4.062.168 toneladas de cargas, um aumento notável em relação às 3.075.651 toneladas movimentadas no mesmo período do ano anterior.
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