Governo diz estudar maneira de reduzir desequilíbrio financeiro na previdência
O governo do Estado analisa o que fará para amenizar o deficit na previdência e, consequentemente, reduzir a folha de pagamento que passa dos 70% na relação de despesas primárias, acima do recomendado pelo Tesouro Nacional.
Hoje, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) voltou a dizer que existe um "desequilíbrio na previdência estadual" e que o aumento da folha de pagamento acontece por que os gastos com previdência são incluídos nos itens de despesa com pessoal.
De acordo com o Tesouro Nacional, em 2015 os gastos do governo do Estado com pessoal cresceram 30%, passando de R$ 4.401 bilhões em 2014 para R$ 5.730 bilhões em 2015. Do total do aumento, 87% corresponde aos gastos com servidores inativos, ou seja, aposentados e pensionistas.
No Estado, o custo da Previdência em 2015 atingiu R$ 1.433,62 bilhão e há deficit de R$ 1.438,78 bilhão. "Existe um deficit da previdência que aumenta a cada ano, nós fizemos o senso e estamos analisando como vamos amenizar isso", disse ele hoje, ao ressaltar que apesar do alto comprometimento da renda, ainda está dentro do limite prudencial.
Não é de hoje que Reinaldo defende uma reforma na previdência. Segundo ele, essa é uma boa saída para equilibrar as contas públicas, mas deve estar a reforma nacional proposta pelo presidente Michel Temer (PMDB), começar a sair do papel.
"Nós sabemos que se trata de um tema polêmico para a sociedade, mas não dá para continuar com um déficit crônico, tanto a nível federal, como estadual", disse ele anteriormente ao Campo Grande News.