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Economia

Gastos com Previdência cresceram 87% em MS, aponta Tesouro Nacional

Priscilla Peres | 21/10/2016 11:32

Em 2015, o gasto do governo do Estado com pessoal em relação as despesas primárias atingiu 73,49%. O percentual de Mato Grosso do Sul é o terceiro maior do país e acima da média nacional, de 58,01%. As despesas com aposentados e pensionistas foram as que mais pressionaram as contas estaduais.

O recomendado é que os estados não ultrapassem o limite de 60% de comprometimento da renda, para manter equilíbrio financeiro. Dados do Tesouro Nacional, divulgados ontem, mostram que os gastos com pessoal cresceram 30%, passando de R$ 4.401 bilhões em 2014 para R$ 5.730 bilhões em 2015.

Do total do aumento, 87% corresponde aos gastos com servidores inativos, ou seja, aposentados e pensionistas. Apenas 18% está relacionado a pessoal ativo. No Estado, o custo da Previdência em 2015 atingiu R$ 1.433,62 bilhão e há deficit de R$ 1.438,78 bilhão.

O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) tem defendido uma reforma na previdência, para equilibrar as conta públicas. "Nós sabemos que se trata de um tema polêmico para a sociedade, mas não dá para continuar com um déficit crônico, tanto a nível federal, como estadual", disse ele recentemente ao Campo Grande News.

Rating - Os dados do Tesouro Nacional também mostram que Mato Grosso do Sul está entre os 16 estados do país, que em 2015, não tinha rating suficiente para conseguir aval da União para novos empréstimo.

Isso por causa da nota C-. O Tesouro considera que notas A e B significam boa condição fiscal. Porém, apesar de não conseguir alcançar o limite, o Estado está entre os cinco que elevaram suas notas em 2015. Antes disso, a nota de MS era de D+.

Dívida - O relatório divulgado ontem, afirma que o impacto da liminar que renegocia a divida dos estados com a União, será de R$ 8 bilhões nas contas federais. Mato Grosso do Sul vai contribuir em R$ 320 milhões com essa divida.

O tesouro nacional classificou como "diagnóstico equivocado" a decisão dos estados de tentar cortar os juros da divida para aliviar as contas mensais. E recomendou que gestores "adotem medidas de maior controle dos gastos".

Atualmente, o governo do Estado tem R$ 8,547 bilhões em dividas, sendo R$ 6,089 bilhões com a União, R$ 1.089 bilhão com bancos federais e R$ 1.280 bilhão com divida externa.

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