Indústria reduz vagas de emprego em 90% no primeiro bimestre do ano
A indústria sul-mato-grossense reduziu em 90% as vagas de empreso no primeiro bimestre desse ano, em relação ao mesmo período de 2014. Naquela época, o setor gerou 1.922 postos e agora foram apenas 176 novas oportunidades, segundo a Fiems (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul). Ainda assim, a indústria é o segundo maior segmento com número de empregados formais, perdendo apenas para o setor de serviços.
O setor é composto por indústrias de transformação, de extrativismo mineral, de construção civil e de serviços de utilidade pública, conforme o Radar Industrial. Os números tiveram uma leve alta de janeiro para fevereiro, que aponta uma reação, segundo a Fiems.
Apesar da pequena recuperação, o quadro de demissões líquidas segue concentrado na indústria da construção, que foi responsável pelo fechamento de 1.036 vagas no período de janeiro a fevereiro, segundo o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende.
“Condição semelhante também ocorreu para o conjunto da economia estadual, com a abertura 1.574 vagas em fevereiro de 2015. Já no acumulado do ano, o saldo cai para 508 novos postos de trabalho, enquanto a média para o período, considerando o intervalo de 2005 a 2015, é 5.549 vagas abertas”, detalhou.
O economista destaca que o conjunto das atividades industriais em Mato Grosso do Sul encerrou fevereiro de 2015 com um contingente de 133.791 trabalhadores formalmente empregados, aumento de 0,4% em relação a janeiro.
“A indústria segue respondendo pelo 2º maior contingente de trabalhadores formais empregados no Estado, com participação de 21% sobre o total, ficando atrás somente do setor de serviços, que emprega formalmente 182.729 trabalhadores com participação equivalente a 28,6%”, disse.
Desempenho - Em janeiro a fevereiro de 2015, ao todo 102 atividades industriais apresentaram saldo positivo de contratação, proporcionando a abertura de 2.206 vagas, com destaque para abate de reses, exceto suínos (+241), fabricação de açúcar em bruto (+173), distribuição de energia elétrica (+165), fabricação de artefatos têxteis para uso doméstico (+136), curtimento e outras preparações de couro (+101), entre outros.
Em contrapartida, no mesmo período, 89 atividades industriais apresentaram saldo negativo em Mato Grosso do Sul, proporcionando o fechamento de 2.030 vagas, com destaque para obras de engenharia civil não especificadas anteriormente (-709), construção de rodovias e ferrovias (-392), fabricação de álcool (-151), obras de terraplenagem (-99) e captação, tratamento e distribuição de água (-69).
De acordo com Ezequiel, em relação aos municípios, no mesmo período, constatou-se que em 36 deles as atividades industriais registraram saldo positivo de contratação no período de janeiro a fevereiro de 2015, favorecendo a abertura de 1.410 vagas, com destaque para Angélica (+293), Nova Andradina (+173), Campo Grande (+133), Itaquiraí (+97), São Gabriel do Oeste (+87), Iguatemi (+81), Bataguassu (+74), Naviraí (+64) e Amambai (+55). Por outro lado, no mesmo período, em 34 municípios as atividades industriais registraram saldo negativo, proporcionando a fechamento de 1.234 vagas, com destaque para as cidades de Três Lagoas (-561), Terenos (-66), Água Clara (-64), Paranaíba (-60), Fátima do Sul (-58) e Ponta Porã (-52).