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Economia

Nasa Park teme desvalorização após barragem romper

Represa despejou água de 277 piscinas olímpicas e, agora, setor acredita que local não receberá investimentos

Por Izabela Cavalcanti | 04/09/2024 11:34
Situação do Nasa Park após o rompimento da barragem, com as casas do lado esquerdo (Foto: Divulgação)
Situação do Nasa Park após o rompimento da barragem, com as casas do lado esquerdo (Foto: Divulgação)

A falta do lago do Nasa Park já preocupa o setor de habitação. O Secovi-MS (Sindicato de Habitação de Mato Grosso do Sul) acredita que os imóveis podem ficar desvalorizados.

Isso porque, no dia 20 de agosto, a barragem estourou e a força da água destruiu casas dos moradores ao entorno do loteamento, danificou asfalto e bloqueou totalmente a BR-163.

“O Secovi, após o ocorrido, preocupado com a falta de apoio aos proprietários acima da represa, que tiveram o acesso das suas residências restringido, e diante do estado que ficou o local ocupado pela represa, resolveu se aprofundar buscando entendimento técnico das causas e apoio a estes moradores. Os proprietários que compraram de boa-fé acreditando na represa poderão ter seus investimentos desvalorizados caso o lago não retorne”, pontuou o presidente do Secovi, Geraldo Paiva.

Geraldo ainda exemplifica que quem estava pensando em investir quando tinha a represa, hoje já não compra mais.

“Sem a represa, ninguém quer uma casa de lazer. Ou não vale ou vale quase perto de nada. Tem gente que também está tomando prejuízo acima”, completou. Ainda de acordo com ele, os moradores tinham que pagar uma taxa mensal de uso da represa.

Conforme já divulgado pelo Campo Grande News, o metro quadrado no local custa em média R$ 450. Os terrenos têm mil m².

De acordo com laudo técnico do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), o escoamento foi de 693.455 metros cúbicos de água. Se convertido em litros, o total equivale a 277 piscinas olímpicas, considerando que cada uma comporta, em média, dois milhões e quinhentos mil litros.

Além disso, o Imasul também aplicou multa de R$ 2,5 milhões aos donos da empresa responsável pelo loteamento. Eles deverão regularizar os barramentos existentes, apresentar um laudo técnico sobre as causas do rompimento e implementar o Prada (Programa de Recuperação das Áreas Degradadas).

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