Para ambulantes, Caravana da Saúde é oportunidade de dinheiro extra
Não são só os pacientes que têm tirado bom proveito da Caravana da Saúde, que acontece em Campo Grande. Ambulantes enxergaram uma oportunidade no evento e correram para vender seus produtos. Com café, água, sucos, refrigerantes, salgados e até cocada, trabalhadores comemoram as vendas e chegam a lucrar até R$ 500 em um dia.
João César, de 44 anos, trabalha vendendo cocada nas feiras de bairro da Capital e conta que foi levar os pais para serem atendidos pelo projeto, mas quando chegou ao local viu que quase não tinha vendedor ambulante, e viu ali uma oportunidade.
“Na segunda e terça vendi quase 300 doces. Vendo cocada porque é o que sei e gosto de fazer. Venho da terceira geração de uma família que vive disso”, explica João. Ele afirma que ficará por lá até o final da Caravana.
Já Mark Henrique de 17 anos, montou uma espécie de sociedade com a amiga para vender seus produtos durante o evento de saúde. “Minha amiga me chamou para ajudar a vender só os salgados, minha irmã ouviu e propôs uma sociedade. Então eu vendo as bebidas e ela a comida”.
Chegando a vender mais de 300 salgados na seguda-feira (09), primeiro dia da Caravana da Saúde, o ambulante Antônio Lopes, de 21 anos, disse que o movimento está bom e comemora as vendas. “Tem gente o dia todo, então chego às 6h e fico até umas 17h”.
Oferecendo um cafezinho aos clientes, o desempregado Maicon Stanlei, de 28 anos soube da Caravana e resolveu ganhar um dinheiro extra. “ Vendo café, suco, salgado, água e estou feliz da vida. Para quem está desempregado, conseguir vender 150 salgados em um dia está bom demais”.
A idosa Maria de Lourdes, de 70 anos conta que ao sair do atendimento estava com fome e ao ver os salgados, não pensou duas vezes. “Gente velha é igual a criança, sente fome toda hora”. No local, há cerca de 6 ambulantes e os preços dos produtos variam de R$ 1,50 a R$ 3.
A Caravana da Saúde começou na terça-feira (10) e vai até o dia 29 de maio. Os atendimentos estão concentrados no Pavilhão Albano Franco, que fica na Avenida Mato Grosso, nº 5017, no Carandá Bosque. A estimativa é de que 35 mil pessoas sejam atendidas até o fim da etapa na Capital.