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Economia

Para conquistar consumidor, posto faz preço da gasolina cair até R$ 0,10

Nícholas Vasconcelos e Viviane Oliveira | 15/04/2013 19:21
Na média, segundo o Sinpetro, preço da gasolina e etanol caíram até 10 centavos na Capital. (Foto: Simão Nogueira)
Na média, segundo o Sinpetro, preço da gasolina e etanol caíram até 10 centavos na Capital. (Foto: Simão Nogueira)

A concorrência entre os postos de combustíveis já reflete no bolso dos motoristas de Campo Grande. Em alguns estabelecimentos, a gasolina e o etanol já são encontrados por 10 centavos a menos que no início do mês.

Com uma concentração maior, o Centro da cidade tem os maiores descontos e para o Sinpetro/MS (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo e Lubrificantes de Mato Grosso do Sul) tudo faz parte da guerra para atrair o cliente.

O frentista Gilberto Salomão Júnior, conta que na região, num raio de 5 quilômetros são muitos postos de combustíveis. No estabelecimento em que ele trabalha, na esquina da rua 13 de Maio com a avenida Afonso Pena, no começo do mês a gasolina custava R$ 2.989 e agora sai por R$ 2.899. “O que vai diferenciar é a promoção, já que o posto não vive apenas da gasolina, mas também da troca de óleo, troca de filtro e a conveniência”, revela.

Entre os consumidores, não basta colocar uma placa de promoção e que é preciso pesquisar e anotar.

“Independente da palavra promoção eu comparo os preços, às vezes, o posto que está com a palavra promoção está com a gasolina mais cara”, comenta a jornalista Célia Maria da Silva, 54 anos. Ela mora no bairro Iracy Coelho e costuma abastecer no posto do bairro vizinho, o Aero Rancho. “Dez ou 9 centavos no fim do mês é uma diferença boa e você economiza”, disse.

Em outro estabelecimento, na esquina da rua 13 de Maio com a avenida Fernando Corrêa da Costa, o investimento é nas trocas dos filtros dos veículos. “A promoção é a troca de óleo e filtro divididas em duas vezes no cartão de crédito”, fala o gerente Luiz Alberto Calepso. Outra tática é oferecer desconto na lavagem e até um bombom para as mulheres.

Taxista há 29 anos, Delson conta que guarda notas fiscais para economizar. (Foto: Simão Nogueira)
Taxista há 29 anos, Delson conta que guarda notas fiscais para economizar. (Foto: Simão Nogueira)

Há quem diga não se importar com os preços, como a comerciante Maria Lúcia Carvalho, 64 anos, que hoje abasteceu R$ 130. “Não presto atenção no preço, abasteço no posto que é mais perto de casa”, conta.

A diferença do preço que o consumidor sente na bomba já aparece nas estatísticas, como revela o levantamento de preços da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis). Na informação oficial, o preço mínimo da gasolina na Capital é de R$ 2,870 e do etanol é de R$ 2,049.

Para saber onde gastar menos há quem faça a própria pesquisa de preços, como Delson Dias, 63 anos, taxista há 29 anos. Ele diz não se enganar com placas de promoção, que confere sempre o valor da gasolina antes. “Eu guardo todas as notas fiscais, procuro sempre o mais barato e no fim do mês dá pra economizar”, revela.

Ele abastecia em outro posto do Centro, na esquina da rua Rui Barbosa com a rua 26 de Agosto, onde a gasolina sai por R$ 2,889 e o etanol R$ 2,049 e por lá olhar o vizinho é estratégia assumida. “A gente sempre procura trabalhar com o preço menor que o de baixo”, conta o frentista Antônio Santa, 64 anos.

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