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Economia

Preço da gasolina cai 11% e consumidor suspeita de adulteração

Mariana Rodrigues | 14/03/2015 15:44
A gasolina que antes era comercializada por R$ 3,49 em Campo Grande, agora pode ser encontrada por até R$ 2,99. (Foto: Marcelo Calazans)
A gasolina que antes era comercializada por R$ 3,49 em Campo Grande, agora pode ser encontrada por até R$ 2,99. (Foto: Marcelo Calazans)

Até a última quarta-feira (11), o preço médio pago pelo litro da gasolina em Campo Grande era de R$ 3,32, na quinta-feira (12), os preços começaram a baixar e hoje é possível encontrar o combustível pelo preço de R$ 2,99 o litro, o que representa uma queda de 11%. As respostas para justificar a queda nos preços são sempre as mesmas, dessa forma, os proprietários alegam que devido ao baixo faturamento, foram obrigados a baixar o valor e assim garantir a clientela e os lucros, que segundo eles, ainda é baixo.

Mas para o consumidor, nem sempre abastecer em postos que oferecem promoções é sinônimo de economia. Os baixo preços também podem despertar a desconfiança dos clientes para a adulteração no combustível.

Vítima da adulteração de combustíveis, o funcionário público Cláudio Souza, 47 anos diz que só abastece com gasolina da promoção após muita pesquisa. “Costumo fazer pesquisas, principalmente com colegas, trocamos informações sobre os postos para saber se o combustível que é vendido ali é de boa qualidade ou não”, disse.

Como precaução, Cláudio disse que um dos métodos usados é abastecer sempre no mesmo posto. “Sempre abasteço no mesmo posto, justamente por conta dessa questão da fraude. Quando vejo essas promoções fico até com medo, mas como no Brasil temos que nos arriscar, então eu procuro sempre saber a procedência do combustível e se o posto já teve algum problema com fraude”, comentou.

Como precaução, Cláudio Souza disse que só abastece com gasolina de promoção após muita pesquisa. (Foto: Marcelo Calazans)
Como precaução, Cláudio Souza disse que só abastece com gasolina de promoção após muita pesquisa. (Foto: Marcelo Calazans)
Gasolina tirada dos veículos de Alex, segundo ele, a parte mais clara no fundo do galão é água. (Foto: via WhatsApp)
Gasolina tirada dos veículos de Alex, segundo ele, a parte mais clara no fundo do galão é água. (Foto: via WhatsApp)

Sobre as inúmeras promoções que são encontradas atualmente na Capital, Cláudio é categórico em dizer que há um esquema de cartel na cidade. “É claro que Campo Grande possui um esquema de cartel, não há outra explicação para essas variações repentinas no preço da gasolina”, afirmou.

Leonice Nieland, 42 anos, servidora pública, comentou que costuma aproveitar as promoções, e como forma de se prevenir, ela procura abastecer sempre no mesmo local. “Nunca fui vítima de gasolina adulterada, acho que essas promoções são por conta das concorrência entre os postos, mas para aproveitar a promoção e não ter o problema de abastecer o meu veículo com gasolina adulterada, eu escolho um posto que já tenha um preço bom”, comentou.

O professor Alex Prado Vieira, 37 anos, teve um prejuízo de quase R$ 100 ao abastecer carro e moto com gasolina que estava misturada com água. Segundo Alex, ele sempre abasteceu no mesmo posto no Centro, e ao aproveitar uma promoção, tanto seu carro quanto sua moto pararam de funcionar.

“Após meus veículos apresentarem problema, levei ao mecânico e ele tirou todo o combustível dos tanques, colocou em um galão e ficou constatado que havia 30% de água misturada ao combustível”, afirmou. Alex disse ainda que gastou R$ 44 pra encher o tanque da moto e R$ 50 para abastecer o carro.

O sindicato que representa os postos, Sinpetro, foi procurado para falar sobre a suspeita dos consumidores de Campo Grande, mas ninguém foi encontrado para falar sobre a denúncia.

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