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Economia

Preços de remédios aumentaram muito para 43% da população, aponta pesquisa

Em relação a produtos em geral, este indíce é de 27% da população; percepçãoé maior entre mulheres, 71,4%

Silvia Frias | 21/06/2021 09:17
Percepção de aumento dos preços dos remédios é maior entre mulheres e pessoas acima de 60 anos (Foto/Arquivo: Paulo Francis)
Percepção de aumento dos preços dos remédios é maior entre mulheres e pessoas acima de 60 anos (Foto/Arquivo: Paulo Francis)

Pesquisa realizada com 2 mil pessoas em todo o País indica que a maioria da população acredita que os preços dos produtos em geral e, especificamente, dos medicamentos, aumentaram muito, com índices de 27% e 43%, respectivamente. A percepção é maior entre as mulheres, onde o percentual chega a ultrapassar os 70%.

O levantamento foi feito pelo Instituto de Pesquisas Paraná nos 26 estados e no DF (Distrito Federal) com 2.002 habitantes de 152 municípios. As abordagens presenciais foram feitas de 12 a 16 de junho. O grau de confiança, segundo o instituto, é de 95%.

A população foi questionada se o preço dos remédios foi elevado nos últimos 30 dias e em qual grau: 43% acreditam que muito, 34,6% disseram que aumentou, 18% que permanecem iguais  somente 1,4% disse que diminuiu. Não sabe ou não opinaram, 3,1%.

A percepção de que aumentou muito prevalece entre mulheres, 49,1%, ficando com 35,5% entre os homens. Para 21,6% deles, no entanto, os valores permanecem iguais e, para elas, 15% no mesmo patamar.

Na faixa dos 60 anos ou mais, também se considera aumento maior dos preços dos remédios, 55,9% entre os pesquisados. À medida que a faixa etária vai caindo, este índice também decresce: dos 45 aos 59 anos, 48,7% acreditam que preços se elevaram muito e, por último, com 27,8%, esta avaliação foi dada por pessoas com idade de 16 a 24 anos.

Aumento dos preços também verificados em produtos em geral (Foto: Henrique Kawaminami)
Aumento dos preços também verificados em produtos em geral (Foto: Henrique Kawaminami)

Em relação aos estados, a população do Nordeste considerou os preços mais caros, 42,9%, com empate entre Norte+Centro-Oeste e Sudeste, 42,9%.

Em relação ao preço dos produtos em geral, 27% dos entrevistados acreditam que aumentou muito, 4,6% que permanece igual, 1,4% que foi reduzido e 1,1% não sabe ou não opinou.

Novamente, prevalece entre as mulheres a percepção de maior elevação dos preços, 71,4%, enquanto que esta classificação corresponde a 59,9% entre os homens.

A classificação de que houve apenas “aumento” é maior entre os homens, 32,1% e, para mulheres, fica em 22,3%.

No recorte da pesquisa feita por idade, é na faixa etária dos 45 a 59 anos que avaliação é de preços muito maiores, com 70,1%, seguido dos que têm de 35 a 44 anos, com 65,9% nesta classificação.

Os preços dos alimentos pesaram mais na opinião dos que têm Ensino Fundamental, 69,6%, seguido do grupo com Ensino Médio, 66,1% e dos graduados, 59,7%

Por regiões, os moradores do Norte e Centro-Oeste, juntos, somam 66,9% com análise de que os preços aumentaram muito, seguido do Nordeste (66,7%), Sudeste (65,5%) e Sul (63,8%).

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