Sanesul estuda atuar fora de MS e também na área de aterros sanitários
Empresa estatal, controlada pelo Governo do Estado, monitora o mercado para expandir atividades
Responsável pela captação, tratamento e distribuição de água potável para 1,7 milhões de sul-mato-grossenses em 68 municípios do Estado, a Sanesul (Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul) estuda expandir sua atuação na área de saneamento básico, também fazendo o trabalho de aterro de resíduos sólidos.
A informação foi revelada pelo próprio diretor-presidente da empresa estatal, Walter Carneiro Jr, em entrevista repercutida pela assessoria de comunicação, nesta manhã de terça-feira (26). Conforme o indicado, a Sanesul planeja ainda formas de atuar fora das divisas de Mato Grosso do Sul, em vários serviços.
"Estamos conseguindo evoluir, não perdendo a gestão, não perdendo o comando do processo. Isso é fundamental, crescendo cada vez mais. Daqui para frente, nós vamos romper fronteiras", destaca o dirigente, durante a entrevista.
De acordo com Walter, leilões e licitações de novas concessões fora de Mato Grosso do Sul serão monitorados para que, assim que houver uma oportunidade e interesse, a empresa concorra e tente vencer o pleito que for participar.
A ideia da estatal é aproveitar vácuos ainda existentes no setor de saneamento no Brasil, principalmente na engenharia e projetos técnicos de aterros sanitários. Tal pretensão já foi referendada em estudo aprovado pelo Conselho de Administração.
"Um case está sendo desenvolvido, um protótipo para fazer gestão e operação de aterro. É um serviço que a gente vai buscar também dentro do plano de expansão de nossa empresa", frisa Walter Carneiro, que assumiu o posto máximo da Sanesul em 2019.
PPP - Ainda de acordo com Walter, a PPP (Parceria Público-Privada) assinada em 2020 com a Aegea para universalizar o serviço de coleta e tratamento do esgoto em todas as cidades atendidas pela Sanesul, não é empecilho para que novas ações sejam projetadas, já que a empresa segue no controle das ações.
Em leilão realizado no Balcão B3 da Bolsa de Valores em São Paulo (SP), o Governo do Estado fechou o acordo com a Aegea - que posteriormente abriu a empresa Ambiental MS Pantanal para prestar tais serviços - para que o serviço seja operacionalizado. A intenção é atender por completo o Marco do Saneamento.
Contudo, a cobrança de taxas e valor das mesmas segue sob gerência da Sanesul. Em 10 anos, o investimento em construções, equipamentos e universalização da coleta de esgoto, entre outros, deve ser de R$ 1,1 bilhão. Já a operação regular do serviço, por 30 anos, deve somar R$ 2,5 bilhões em todo o período.