Seca castiga hortaliças e impacta o dia a dia dos produtores orgânicos
Condições climáticas gera mais gastos com água e dificulta o bom desempenho de algumas frutas e verduras
O tempo seco e a baixa umidade têm preocupado os produtores orgânicos de Campo Grande. Isso porque, as condições climáticas exigem mais gastos com água e dificulta o bom desempenho de algumas frutas e verduras.
O produtor José Roberto planta em 4 hectares, em uma área na saída para Rochedo. “Está muito ruim, principalmente, para fruta. Já era para ter banana, limão, ponkan, estão pequenas, não estão crescendo. A folha tem, porque mantém água. Com o tempo seco, gasta mais e produz menos”, pontuou.
Em um exemplo prático, ele diz que no ano passado levava para a feira, cinco caixas com poncã, atualmente, leva só uma.
No local, o maço da cenoura e da beterraba estão por R$ 7 cada; couve, R$ 3; agrião, R$ 8; alface, R$ 3.
O produtor Vanderlei Azambuja Fernandes também tem sentido na pele a mudança. Ele planta em 6 hectares em uma chácara de Terenos.
“O tempo seco não está bom para nenhum produtor. Acaba gastando mais, quando molha muito a adubação desce, então, gasto com mais energia e mais adubação. Tive 30% de gasto a mais”, disse.
Conforme ele conta, a bomba d’água é ligada às 5h e só desliga às 20h, justamente por conta do tempo seco. “As folhas e tomate cereja produzem bem, mas na base de irrigação, sem parar. Vamos ter falta de muita coisa por causa da seca”, lamentou.
Vanderlei diz que não está conseguindo produzir batata doce, mandioca, laranja, banana, ponkan.
Na barraca, o maço de cenoura e da beterraba estão R$ 8 cada; tomate cereja está sendo vendido a R$ 10 o pacote; alface, R$ 5; banana, R$ 10 o quilo; mamão, R$ 8; e espinafre, R$ 6.
Melhorias – O titular da Sidagro (Secretário Municipal de Inovação e Desenvolvimento Econômico), Ademar Silva Júnior, tem como projeto melhorar as barracas da feira orgânica, que é realizada na Praça do Rádio. A projeção é reformar até o dia 22 de setembro.
“A ideia é estimular o consumo de produtos orgânicos. As pessoas querem o contato com a terra, querem um alimento saudável, nada melhor do que apoiar a Associação de Produtores Orgânicos com essa infraestrutura. São barracas simples que a gente pode fazer uma reforma, um visual melhor e dar uma infraestrutura básica para eles poderem oferecer esses produtos da agricultura familiar”, comentou.
O valor estimado do investimento ainda não foi calculado, mas Ademar acredita que o gasto será entre R$ 15 mil e R$ 20 mil.
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