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Economia

Suspeita de doença no PR provoca temor no mercado

Aline dos Santos | 10/12/2012 09:57
A secretaria Tereza Cristina diz que ´fofoca´ pode ter impacto no mercado da pecuária. (Foto: Arquivo)
A secretaria Tereza Cristina diz que ´fofoca´ pode ter impacto no mercado da pecuária. (Foto: Arquivo)

A segunda-feira é de expectativa no mercado da carne. Divulgada na sexta-feira, a notícia de que foi registrada no Paraná, em 2010, a presença de uma proteína modificada que pode levar a doença da vaca louca repercute pelo mundo. O Japão já anunciou a suspensão da importação de carne processada do Brasil. O temor é que outros mercados também vetem as compras.

“O mercado vive de fofoca, boato, especulação. Mesmo sem nenhum motivo para isso”, afirma a secretária estadual de Produção, Tereza Cristina Côrrea da Costa Dias. De acordo com ela, o Japão importa muita pouca carne de Mato Grosso do Sul. Os maiores compradores da carne bovina são Rússia e países do Oriente Médio, como o Egito.

A expectativa é que os japoneses revejam o veto em breve, após verificarem os procedimentos adotados pelo governo brasileiro. Contudo, o setor teme que a notícia seja usada para obtenção de vantagens comerciais, forçando redução de preço.

Conforme Tereza Cristina, a OIE (Organização Mundial de Saúde Animal) manteve a classificação do Brasil como risco insignificante para a EEB (Encefalopatia Espongiforme Bovina), nome técnico da doença. O que não justificaria a decisão de suspensão do mercado internacional.

“Não há nenhum tipo de risco para a população”, afirma a secretária. Ela explica que 98,8% do rebanho é criado a pasto no Estado. Sendo o período de confinamento de 60 a 90 dias. Neste caso, é proibido insumo de origem animal, como farinha de carne ou osso.

“O animal não morreu de vaca louca. O exame laboratorial para ver a causa da morte identificou uma proteína modificada que pode levar à doença da vaca louca”, afirma. Na sexta-feira, o Ministério da Agricultura divulgou nota classificando o caso como ocorrência não clássica. Conforme o documento, o bovino de idade avançada (13 anos) morreu em menos de 24 horas e era criado a pasto.

“O caso, detectado há dois anos, é uma ocorrência antiga e isolada, que não traz nenhum risco à saúde pública e à sanidade animal do país”, afirmou, por meio da nota, o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério, Ênio Marques.
Conforme a Folha Online, o Japão não é grande importador de carne do Brasil. O país vende àquele mercado carne enlatada e alimentos com pedaços de carne, como feijoada.

O último grande abalo no mercado brasileiro da carne bovina teve o epicentro em Mato Grosso do Sul. Com a descoberta, em 2005, de focos de febre aftosa na região Sul do Estado.

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