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Economia

Suspensão do Japão não atinge exportações de frango de MS, diz secretário

País asiático tomou medida após caso de gripe aviária; segundo a Semadesc, não haverá prejuízo neste momento

Por Alison Silva | 20/09/2023 18:17
Secretário da Semadesc, Jaime Verruck (Foto: Paulo Francis)
Secretário da Semadesc, Jaime Verruck (Foto: Paulo Francis)

Apesar de o Japão suspender por ao menos 28 dias a importação de frangos, ovos, aves vivas e qualquer subproduto com origem aviária em Mato Grosso do Sul, o secretário Jaime Verruck, titular da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), disse que a medida não terá impacto nas exportações do Estado.

A notificação japonesa foi informada pelo Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária), após a confirmação de um foco de influenza aviária no município de Bonito, distante 257 km de Campo Grande.

“O Japão representa cerca de 19% das nossas exportações neste ano. Nesse momento, conversamos com o setor privado e não haverá nenhuma redução de abate, nenhuma alteração de sistema de produção, porque essas aves serão realocadas, ou no mercado interno, ou para outros mercados que não fizeram a suspensão”, declarou o secretário.

Entre janeiro e agosto, Mato Grosso do Sul enviou cerca de 19 mil toneladas de frango para o Japão.

De acordo com o Mapa, Mato Grosso do Sul abateu 173 milhões de aves e exportou 161,5 mil toneladas do produto em 2022, com receita de R$ 345 milhões de dólares. O número de animais movimentados para abate nos cinco primeiros meses de 2023 foi de 73 milhões de aves.

A avicultura de Mato Grosso do Sul respondeu por 3,77% da receita brasileira com exportações (US$ 4,1 bilhões) de carne de frango e ocupou o 7º lugar no ranking nacional nos primeiros cinco meses deste ano, aumento de  3,84% em relação ao mesmo período do ano anterior.

O caso - Após a confirmação da presença do vírus da IAAP-H5N1 (Influenza Aviária de Alta Patogenicidade) na propriedade de Bonito, todas as aves do local foram sacrificadas e outras medidas de contenção e erradicação do foco foram tomadas, segundo informou a Semadesc.

De acordo com o diretor-presidente da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal, Daniel Ingold, do proprietário informou da mortandade de aves no local na semana passada. “Foram feitos os exames e enviados para o laboratório de Campinas e foi confirmado se tratar de um caso de H5N1 que é a influenza aviária", explicou.

“As medidas sanitárias estão sendo aplicadas pelo Serviço Veterinário Oficial para contenção e erradicação do foco, bem como estão sendo intensificadas as ações de vigilância em populações de aves domésticas na região. Não há estabelecimentos avícolas industriais nas áreas de risco epidemiológico ao redor do foco”, diz a nota do Mapa.

Ainda segundo o ministério, até o momento, nenhum foco da doença foi confirmado em produção comercial. “Desta forma, o país segue com status livre de influenza aviária de alta patogenicidade perante a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA)”, acrescentou.

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