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Economia

Trabalhadores prometem "panelaço" e acampamento em frente à Assembleia

Osvaldo Júnior e Anahi Gurgel | 19/10/2017 13:55
Funcionários da JBS já no fim da manifestação na praça do Rádio (Foto: Marina Pacheco)
Funcionários da JBS já no fim da manifestação na praça do Rádio (Foto: Marina Pacheco)

Na continuidade das pressões para desbloquear bens da JBS, funcionários da empresa se preparam para montar acampamento em frente à ALMS (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul) e "fazer panelaços" a partir de segunda-feira (dia 23).

“Vamos levar lonas e panelas pra frente da Assembleia se não tiver o desbloqueio”, avisou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Carne e Derivados de Campo Grande, Wilson Gimenes Inácio.

Cerca de 2 mil trabalhadores participaram de protesto na Praça do Rádio Clube, na Capital. Também ocorreram manifestações em Ponta Porã, Nova Andradina, Naviraí, Ponta Porã, Anastácio e Cassilândia, cidades onde a JBS tem unidades frigoríficas.

Os trabalhadores temem que o bloqueio de R$ 730 milhões prejudique o pagamento de salários. A JBS garante o depósito do salário no mês que vem, mas a partir daí, ainda de acordo a empresa, a situação é incerta.

Antes de se concentrarem na praça, os funcionários da JBS protestaram durante a sessão na Assembleia Legislativa. Eles deixaram as duas unidades do JBS na cidade em comboio de 50 ônibus.

“Nós não sabemos o que vai acontecer. Queremos que os deputados tomem alguma medida. Foram eles que entraram com as ações”, afirmou Gimenes.

A decisão em bloquear bens foi tomada pelo Judiciário em ação aberta pela CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investiga os negócios do grupo J&F, dono da rede de frigoríficos. A resposta dos investigados colocou a classe trabalhadora contra o poder público.

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