Transporte pela hidrovia de MS aumenta 80% em três meses
De janeiro a março deste ano, foram 1,6 milhão de toneladas transportadas
O transporte de cargas pela hidrovia de Mato Grosso do Sul aumentou 80%, atingindo 1,6 milhão de toneladas. Os dados são do boletim Aquaviário da Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários), referente aos meses de janeiro a março.
Desse total, o destaque é para o minério de ferro, com 1,3 milhão de toneladas. Em seguida, está a soja que saiu de Porto Murtinho e superou 153 mil toneladas.
Além disso, segundo o secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jaime Verruck, a hidrovia na região de Porto Murtinho deverá escoar neste ano 1,2 milhão de toneladas, principalmente de soja e açúcar. No ano passado, por exemplo, foram cerca de 300 mil toneladas do grão e de açúcar saindo pelo porto privado da FV Cereais.
"A grande operação da hidrovia mostra que o projeto que o Estado desenvolveu no passado, que é o Proex (Programa de Estímulo às Exportações), pela hidrovia tem funcionado", destaca.
O Terminal Portuário do Grupo FV, inaugurado em 2020, é o atual responsável pela movimentação de cargas em Porto Murtinho.
A capacidade de fluxo de embarque é de mil toneladas por hora para o transbordo de soja, milho e açúcar, bem como a importação de fertilizantes. Já por ano, a estrutura tem a capacidade de movimentar até 2 milhões de toneladas de grãos.
Infraestrutura – O aumento das exportações desperta a necessidade de melhoria da infraestrutura para ter acesso aos municípios, ainda mais depois da Rota Bioceânica.
“Hoje, nós temos um movimento já de 250 caminhões, mas quando pensamos na Rota podemos imaginar cerca de mil caminhões passando por dia, quando ela estiver consolidada. Isso mostra o quanto o governo terá que investir na infraestrutura e melhorias no município", enfatizou Verruck.
Na última sexta-feira (19), o secretário Hélio Peluffo, da Seilog (Secretaria Estadual de Infraestrutura e Logística), visitou o canteiro de obras da ponte da Rota Bioceânica, do lado brasileiro.
Foi verificado que a construção está com 20% de execução e a previsão é de ser finalizada em dois anos, segundo o engenheiro Paulo Leitão, do Consórcio Binacional PYBRA, responsável pelas obras.
A ponte sobre o Rio Paraguai irá conectar as cidades de Porto Murtinho, em Mato Grosso do Sul, e Carmelo Peralta, no Alto Paraguay.