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Economia

Vazio sanitário começa hoje no Estado como medida preventiva para evitar fungo

Renata Volpe Haddad | 15/06/2015 12:17
Durante três meses, produtores não podem plantar nenhuma cultura, para evitar ferrugem asiática.(Foto: Divulgação/Famasul)
Durante três meses, produtores não podem plantar nenhuma cultura, para evitar ferrugem asiática.(Foto: Divulgação/Famasul)

Começa hoje o vazio sanitário em Mato Grosso do Sul. Até 15 de setembro, fica proibido o cultivo da soja para se ter um tempo de prevenção, controle e auxilio na erradicação da ferrugem asiática, sendo uma das principais doenças que afeta a cultura, provocada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, que fica após a colheita. O fungo se aproveita do clima mais ameno e úmido para proliferação, é por isso que durante 90 dias fica proibida a semeadura do grão no Estado.

De acordo com a Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), em dez anos, período de 2005 e 2015, o Estado reduziu em 92% o número de registros do fungo. Enquanto na safra 2014/2015 o Estado registrou 19 casos da doença, em 2005, foram constatadas 246 casos.

Durante três meses, todas as plantas de soja existentes nas lavouras devem ser erradicadas, por meio de produtos químicos ou equipamentos evitando incidência da doença na entressafra.

Segundo o presidente da Aprosoja/MS, Maurício Saito, a justificativa para redução está no comportamento do agricultor. “Desde 2009, quando o vazio foi adotado como forma de proteção, produtores sul-mato-grossenses são receptivos quanto às datas de início e término do período”, ressalta.

O agronômo e analista de grão das Aprosoja/MS, Leonardo Carlotto explica que quando o fungo aparece no início do cultivo é preciso entrar com correções e não prevenções. “Isso aumenta de 5% a 10% o custo de produção, já que, dependendo da temperatura e da região, serão necessárias várias aplicações de fungicidas”, comenta.

Além de Mato Grosso do Sul, os Estados da Bahia, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Pará, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins cumprem com o vazio, com datas estipuladas de acordo com as condições climáticas de cada região.

No Estado, equipes da Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal) vão fiscalizar propriedades rurais verificando o cumprimento da medida no intervalo dos 90 dias.

Multa - O descumprimento do período do vazio sanitário, de acordo com a lei sul-mato-grossense, pode implicar em autuação da Iagro e multa no valor de mil Uferms (unidades fiscais estaduais de referência), o equivalente a R$ 21.270, com a cotação da Uferms em R$ 21,27 para o mês de junho.

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