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Educação e Tecnologia

“Agora tudo mudou”, diz presidente de sindicato sobre recuo na volta às aulas

Disparada de casos de coronavírus entre maio e junho inviabilizou reabertura de escolas

Tainá Jara | 24/06/2020 18:25
Reunião com representantes de escolas, prefeitura e MP foram realizada na tarde de hoje (Foto: Divulgação)
Reunião com representantes de escolas, prefeitura e MP foram realizada na tarde de hoje (Foto: Divulgação)

Disparada dos casos do novo coronavírus em Campo Grande, entre os meses de maio e junho, obrigou as escolas a recuaram no plano de retorno das aulas presenciais no dia 1º de julho. Após reunião com representantes da prefeitura e Ministério Público, na tarde desta segunda-feira, a presidente do Sinep (Sindicato das Escolas Particulares de Mato Grosso do Sul), Maria da Glória Paim, admitiu que o cenário mudou e exige cautela.

As reuniões visando planejar a retomada das aulas presenciais começaram em maio deste ano, quando a situação de pandemia já completava um mês e o número de casos era baixo, com apenas duas mortes registradas na Capital pelo novo coronavírus. “Naquele momento estávamos numa situação confortável. Aggora tudo mudou. O quadro que estamos vivendo é outro”, destacou.

A entidade, que representa 380 escolas particulares do Estado e mais 48 faculdades privadas, participou de discussão na tarde hoje para avaliar a retomada das aulas nos próximos dias. Cenários apresentando pelo secretário municipal de Saúde, no entanto, demonstrou os riscos de retomar as aulas presenciais.

Dos 6.201 casos registrados no Estado, 1.446 são na Capital. Entre os mais de 56 óbitos, oito foram em Campo Grande.

Os representantes das escolas já sentem o impacto da pandemia com o fechamento de algumas unidades de ensino. Reunião ficou pré-agendada para o dia 14 de julho para voltar a debater o calendário escolar de 2020. Neste tempo, a presidente orienta as escolas a adequar os planos de biossegurança as suas particularidades.

Critérios não foram atendidos - A promotora e coordenadora do Núcleo Especial de Atenção à Educação do Ministério Público, Vera Cardoso Bogalho Vieira, lembrou que duas das condições postas para retomada das aulas no dia 1º de Julho não foram atingidas. A primeira era de que a ocupação dos leitos hospitalares não poderia ter ultrapassado 50% e a segunda seria manter a mesma média de registros de casos de covid-19 no mês de março.

“Como os dois requisitos não foram alcançados, não haviam elementos para que fosse possível a reabertura dessas escolas”, destacou.

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