Aluno reutiliza peças de notebook e cria máquina que guarda insulina da avó
O projeto foi uma iniciativa do próprio adolescente e chegou a ser apresentado na IV Expocampo, da Semed
Aluno da Escola Municipal Darthesy Novaes Caminha, localizada na Chácara das Mansões, em Campo Grande, desenvolveu uma máquina multi resfriadora a partir de uma caixa de gelo e peças de um notebook sem uso. O projeto foi uma inciativa do próprio adolescente e chegou a ser apresentado na IV Expocampo, da Semed (Secretaria Municipal de Educação), realizada em 2022.
O aluno Victor Hugo de Jesus Santana, 13 anos, conta que a ideia para o projeto surgiu ao pensar no que faria se precisasse acampar com a família em um local sem energia, considerando que a avó do adolescente faz uso de insulina. Victor encontrou a solução na ideia de fazer uma minigeladeira. “Eu sempre acampo com a minha família. Minha avó não pode ficar sem insulina”.
O adolescente pesquisou na internet, descobriu que era possível reaproveitar as peças de um notebook sem uso e apresentou a ideia do projeto para a professora de Biologia da escola, Helena Borges Martins. “Eu conversei com a minha professora de laboratório e disse que queria fazer a minigeladeira”.
A ideia foi bem recebida e passou a ser desenvolvida pelo aluno, a professora de Biologia e o professor de Matemática Aparecido dos Santos, que contribuiu no auxílio do aluno na hora de desenvolver os cálculos. “Temos a questão do volume da caixa, o cálculo de temperatura para que o equipamento seja eficiente e atenda às necessidades para as quais ele foi produzido”, explica Santos.
Inicialmente, a minigeladeira foi feita com uma caixa pequena de isopor com um termômetro, cedido pela escola, inserido no meio. O projeto passou por adaptações no decorrer do desenvolvimento. "Trocamos a caixa por uma maior, embutimos o termômetro no meio dela e o resfriamento chega até 12ºC", conclui o professor.
Helena, professora de Biologia, destaca a importância e gratificação de apoiar os alunos interessados em desenvolver projetos idealizados por eles. “A gente precisa ter esse olhar com esses alunos, dar atenção e não deixar que as curiosidades deles se percam”.
Idealizada para atender principalmente as necessidades da avó, Victor vai levar a caixa nas férias de família. "Minha avó quer testar a caixa, se funciona mesmo. Toda a minha família ficou feliz com a máquina e eu também fiquei, por conseguir tirar uma ideia minha do papel. É possível, basta tentar que a gente consegue realizar. A escola me ajudou muito no processo”.