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Educação e Tecnologia

Escolas vão precisar de plano B para compensar aulas a distância

Conselheira afirma que atividades feitas durante quarentena serão aproveitadas, mas diagnóstico dirá sobre necessidade de reforço

Tainá Jara | 17/04/2020 18:32
Aulas presenciais estão suspensas desde março em Campo Grande (Foto: Divulgação/PMCG)
Aulas presenciais estão suspensas desde março em Campo Grande (Foto: Divulgação/PMCG)

Escolas públicas e privadas de Campo Grande vão precisar de plano B para compensar o período de suspensão das aulas presenciais. Apesar das atividades oferecidas aos alunos durante o isolamento social, será necessário traçar estratégias para não haver prejuízo na aprendizagem durante o ano letivo de 2020.

Nota técnica já havia sido elaborada pelo Conselho Municipal de Educação, responsável pelas escolas municipais e instituições de ensino de educação infantil da rede privada, prevendo a reorganização do calendário escolar, após a primeira etapa de suspensão das aulas, iniciada em março, porém o prazo foi prorrogado até 3 de maio.

De acordo com a presidente do conselho, Alelis Gomes, medidas mais específicas para o período pós-pandemia carecem de orientação do CNE (Conselho Nacional de Educação). A entidade prepara diretrizes para o aproveitamento do horário letivo a ser colocado em prática até o final de 2020.

“Ainda não mexemos no calendário, porque não sabemos quando terminaremos exatamente a suspensão das aulas”, explicou diante da possibilidade de novas prorrogações do decreto municipal.

As escolas optaram por não suspender o calendário escolar com a pandemia e passaram a encaminhar atividades remotas para os alunos fazerem em casa, com auxílio de pais e responsáveis. “A ideia destas atividades era não cortar o vínculo com a escola e com o professor. Está funcionamento bem, mas precisamos ficar atentos quando houver a acolhida deste aluno. Imagino que um grande número vai voltar perdido [no conteúdo]”, explicou.

Tarefas desenvolvidas durante o período de suspensão das aulas presenciais devem ser consideradas no processo de avaliação, porém, não serão tão eficientes para o melhor aproveitamento dos alunos. “Vamos estudar uma forma para ver como faremos para que os alunos não percam tanto com esse período sem contato aluno e professor”, destacou a conselheira.

Na Capital, 89,7 mil alunos da pré-escola ao 9º ano do ensino fundamental, de 95 escolas municipais, tiveram as aulas presenciais suspensas.

Mais horas em poucos dias – Os educadores também precisarão avaliar como vai funcionar o aproveitamento do conteúdo dentro das normas estabelecidas pelo governo Federal. Medida provisória, editada pelo presidente Jair Bolsonaro, no início de abril, dispensou as escolas de cumprirem o mínimo de 200 dias letivos. As horas a serem cumpridas, no entanto, permaneceram a mesma.

Portanto, as escolas deveram colocar em prática a carga horária mínima anual será de oitocentas horas para o ensino fundamental e para o ensino médio. A situação deve exigir mais horas de aula em um mesmo dia, a inclusão de dias letivos nos finais de semana.

Estado – A rede estadual de ensino de Mato Grosso do Sul também manteve o calendário letivo, com oferecimento de aulas por plataforma online, porém, não descarta adequações para atender a medida provisória.

No Estado, a suspensão das aulas afeta aproximadamente 250 mil alunos de 1,7 mil escolas da rede pública, além de 25 mil professores e funcionários. Por decreto, o calendário escolas está suspenso por 15 dias, desde o dia 23 de março. Em algumas escolas particulares, a suspensão, inicialmente, seria até o dia 30 deste mês, mas elas também estenderam o prazo até o dia 06 de abril.


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