MS terá 41 bolsas de estudos para negros após morte no Carrefour
João Alberto foi espancado e morto em supermercado do grupo às vésperas do Dia da Consciência Negra
O Carrefour vai pagar 41 bolsas de estudo para negros em Mato Grosso do Sul como parte do acordo firmado pela morte de João Alberto Silveira de Freitas em 2020, ocorrida dentro de uma unidade do grupo em Porto Alegre (RS). Ele foi espancado até a morte por seguranças da loja enquanto fazia compras com a mulher. O episódio ganhou repercussão nacional.
O TAC (Termo de Ajustamento de Conduta), firmado entre o MPF (Ministério Público Federal) e outras instituições com o grupo, prevê o pagamento de R$ 68 milhões em 880 bolsas em todo o País. Os valores mensais das bolsas são de R$ 1 mil para graduação e especialização; R$ 3,5 mil para mestrado; e R$ 5 mil para doutorado, e elas serão pagas no tempo de duração integral de cada curso.
Entenda - João Alberto, um homem negro, fazia compras com a esposa quando foi abordado violentamente por dois seguranças no estabelecimento. Ele foi agredido com chutes e socos por mais de cinco minutos, foi sufocado e não resistiu. O espancamento foi registrado em vídeo por uma câmera de celular. A morte de João Alberto ocorreu às vésperas do Dia da Consciência Negra, 20 de novembro.
A negociação dos órgãos públicos com o Carrefour terminou em 11 de junho de 2021, quando foi celebrado o Termo de Ajustamento de Conduta. As medidas acordadas serão fiscalizadas pelos órgãos. As ações destinadas à seleção de projetos e concessão de bolsas estão sendo implementadas por meio de editais públicos.