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Educação e Tecnologia

MS terá epidemia de chikungunya em “questão de tempo”, alerta especialista

Infectologista afirmou que é necessário novo sistema de controle de vetores para o combate à doença

Gabriel Neris e Jones Mário | 23/07/2019 18:36
Infectologista Ricardo Venâncio em palestra no SBPC nesta terça-feira. (Foto: Kisie Ainoã)
Infectologista Ricardo Venâncio em palestra no SBPC nesta terça-feira. (Foto: Kisie Ainoã)

Um dos principais referências do Brasil em saúde, o infectologista Rivaldo Venâncio alerta que regiões como Mato Grosso do Sul enfrentarão epidemias de chikungunya. “É questão de tempo”, diz o coordenador de Vigilância em Saúde e Laboratórios de Referência da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).

Durante participação nesta terça-feira (23) da 71ª Reunião Anual da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência), na UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), em Campo Grande, o infectologista explicou que o primeiro passo para chegar a esta situação é ter a presença de mosquitos transmissores, o que já é realidade pelo Aedes Aegypti ser o mesmo transmissor da dengue.

Também é necessário que as pessoas sejam suscetíveis a doença. Recentemente o Estado enfrentou epidemia de dengue. “As pessoas estão aptas a pegar”, diz. Outro agravante é ainda não haver uma vacina de combate à doença.

Durante a mesa-redonda, o especialista afirma que é necessário um novo sistema de controle de vetores para o combate e que o atual modus operandi “está falido”. “Foi eficiente na época de Oswaldo Cruz. Sem novos aportes tecnológicos continuaremos convivendo com novas epidemias, independente dos governantes”, afirmou.

De acordo com o último boletim da SES (Secretaria de Estado de Saúde), divulgado no dia 19 de junho, o Estado registrou neste ano 18 casos de chikungunya. Metade desses casos foi em Dourados. Os outros foram em Campo Grande, com 2, Bela Vista, Bonito, Coxim, Jardim, Sidrolândia, Terenos e Três Lagoas.

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