Programa de inclusão digital inaugura 34 pontos de acesso em MS
Estrutura do Comunidades Rurais Conectadas é uma iniciativa do Ministério da Agricultura
A falta de acesso à internet e todas as possibilidades que a rede oferece aos seus usuários não é mais um problema para os moradores de diversas áreas rurais de Mato Grosso do Sul. A partir de agora, pontos de conexão via satélite vão atender as comunidades locais, melhorando a qualidade de vida.
O evento de inauguração das bases aconteceu em Rio Brilhante - município que fica a 160 km de Campo Grande - neste sábado, na Escola Municipal Arthur Tavares de Melo, localizada dentro do Assentamento Taquara.
Chamada Comunidades Rurais Conectadas, a iniciativa do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) já possui 51 pontos espalhados pelo país, em Maranhão, Mato Grosso, Pará, Paraíba e Sergipe, e pretende chegar a mais pontos de conexão 4G para as localidades mais afastadas dos centros urbanos.
Contudo, em breve outra ação com pontos 5G deve ser feita, em projetos-pilotos com antenas nessa frequência de sinal, além de estudo de projeção de impacto no VBP (Valor Bruto da Produção) a partir de dois cenários de conectividade.
"Aproveitem essa ferramenta, é uma avenida de oportunidades para vocês", comentou a ministra Tereza Cristina durante a inauguração. "É emocionante a gente ver esses pontos que estão recebendo o sinal 4G. Essa harmonia entre governos estaduais com governo federal facilita a vida", conclui.
Já o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) destacou que é possível ampliar para 100 pontos de conexão em Mato Grosso do Sul, enfatizando o impacto positivo da conectividade na zona rural, acompanhando o crescimento do Estado.
"Esse é o nosso desafio, abrir mais pontos para melhorar a vida das pessoas. Melhorando a conectividade, melhora tudo. É possível resolver muitas coisas, ter as aulas, o aprendizado, e se conectar com o mundo", disse Reinaldo.
Outro que também falou na cerimônia foi o chefe da Seinfra (Secretário de Estado de Infraestrutura), Eduardo Riedel. "No agro não tem pequeno, médio e grande propriedades. O agro tem demandas específicas, que passam pela infraestrutura e pela informação. Não tem como conduzir nossas ações sem conexão".
Como funcionará - No modelo de conexão via satélite, a conectividade será provida por meio do modelo de satélites geoestacionários. Serão conectados em uma primeira fase 166 comunidades rurais, que incluem assentamentos, escolas, áreas rurais remotas, privilegiando regiões com demandas de desenvolvimento regional.
Os pontos estão distribuídos em 134 municípios de 10 estados, prioritariamente das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. A tecnologia satelital permite a comunicação de dados em banda larga a partir de faixa dedicada a essa transmissão com alta velocidade e qualidade para locais remotos e de difícil acesso.
É o caso da região amazônica, onde cabo de fibra óptica e antenas não chegam ou sua viabilidade é remota. É levado em consideração aspectos de densidade populacional e IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) na escolha.