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Educação e Tecnologia

Servidores da UFMS protestam e discutem manifesto na chegada de Lula a MS

Servidores reúnem-se em frente à reitoria da UFMS na Capital para discutir negociação com Governo Federal

Por Silvia Frias e Clara Farias | 11/04/2024 09:28
Servidores da UFMS participam de manifestação em frente à reitoria (Foto: Clara Farias)
Servidores da UFMS participam de manifestação em frente à reitoria (Foto: Clara Farias)

Com apresentação cultural e assembleia, servidores em greve da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) reuniram-se em frente à reitoria da instituição. O grupo será atualizado das últimas negociações com o Governo Federal e deve discutir protesto amanhã, na chegada do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

A categoria está em greve desde o dia 3 de abril, com adesão parcial nas unidades em Campo Grande, Três Lagoas, Aquidauana, Paranaíba, Chapadão, Coxim e Corumbá

A manifestação de hoje começou pouco depois das 7h com entrega de panfletos nas principais entradas do campus da UFMS, em Campo Grande. No material, consta que os salários já estão defasados há mais de 10 anos, sendo que a inflação acumulada entre 2016 e 2023 foi de 44,37%. Um técnico de laboratório, com escolaridade de nível médio, ingressa na classe D ganhando menos de dois salários mínimos.

Depois, o grupo assistiu a intervenções culturais, como apresentação sobre Quilombo dos Palmares.

Com faixa, grupo avisa da paralisação na UFMS (Foto: Clara Farias)
Com faixa, grupo avisa da paralisação na UFMS (Foto: Clara Farias)

O coordenador do Sista (Sindicato dos Trabalhadores das Instituições Federais de Ensino do Estado de Mato Grosso do Sul), Lucivaldo Alves dos Santos, disse que o protesto deve ser realizado no Aeroporto Internacional de Campo Grande, na chegada do presidente.

Lucivaldo diz que o informe sobre a reunião de ontem com o Governo Federal ainda não deve mudar os rumos da manifestação. “Greve continua até conquistarmos a reestruturação da carreira e recomposição salarial”, afirmou.

Participando do protesto, o técnico administrativo Anselmo Quintana disse que é preciso reestruturar salários das categorias. “Se continuar nessa decadência, a gente vai chegar ao fim da carreira ganhando um salário mínimo”, criticou.

Além da UFMS, servidores do IFMS (Instituto Federal de Mato Grosso do Sul) também estão em greve.

Em nota, o MEC (Ministério da Educação) destacou que "vem envidando todos os esforços para buscar alternativas de valorização dos servidores da educação, atento ao diálogo franco e respeitoso com as categorias". A pasta ainda destacou o reajuste concedido pelo Governo Federal aos servidores públicos, em 2023.

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