Com 107 crianças à espera de famílias, 41% dos leitores já pensaram em adotar
Mato Grosso do Sul conta também com 235 pretendentes disponíveis
Embora haja 107 crianças a espera de um lar na fila para adoção de Mato Grosso do Sul, segundo dados do Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), 41% dos leitores disseram ter vontade de adotar um filho, conforme enquete desta semana, encerrada na manhã deste sábado (16). Outros 59% disseram não cogitar a possibilidade.
A leitora Solange Ester disse que até tem vontade de adotar, mas o sistema burocrático a deixa em alerta. “Eu tenho, mas é muita burocracia. Dão oportunidade só para os que tem dinheiro e são os que mais judiam e abusam”, comentou.
Patrícia Silva relatou que tem um filho adotivo de 4 anos e agora quer adotar uma menina, mas não esconde que de fato há dificuldade em fechar até o fim do processo, tanto que ainda não oficializou o ato.
“Pena que para adotar uma criança é muita burocracia. Até hoje não consegui passar o Miguel para o meu nome e do meu esposo. Cuido dele desde o primeiro dia que nasceu, a mãe dele fugiu do hospital e mesmo assim não tive o direito de dar meu nome a criança”, contou.
Ainda de acordo com dados do CNJ, hoje no estado 610 crianças estão em situação de acolhimento, ou seja, ainda não aptas à adoção, 107 estão disponíveis para uma nova família e 124 já estão em processo para serem adotadas.
De 2019 para cá 448 crianças foram adotadas através do cadastro e desde 2020 outras 842 foram reintegradas às famílias. Além disso, 235 pretendentes estão disponíveis, mais que o dobro do total dos que aguardam serem adotados, mas os critérios dos adotantes é que faz com que essa conta não feche.
Nova Enquete
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) liberou nesta semana a vacinação de crianças entre 3 e 4 anos contra a Covid-19. A vacina destinada ao público infantil é a Coronavac, produzida pelo Instituto Butantã.
Desde janeiro crianças de 5 a 11 anos começaram a ser vacinadas. Neste caso os imunizantes usados foram Pfizer e Coronavac, ambas na versão pediátrica.